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    Ucrânia resistiu e repeliu ataques da Rússia, diz Zelensky

    Presidente ucraniano publicou mensagem à nação na qual afirma que a capital Kiev e as principais cidades ao redor ainda estão sob controle do exército

    Tim Listerda CNN , em Kiev

    Em sua última mensagem em vídeo neste sábado (26), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse aos ucranianos: “Resistimos e repelimos com sucesso os ataques inimigos. Os combates continuam em diferentes cidades e regiões do nosso país.”

    Zelensky disse que a capital Kiev e as principais cidades ao redor ainda estão sob o controle do exército.

    “Nós arruinamos os planos deles. Eles não têm vantagem sobre nós”, disse.

    Ele disse que a Rússia atingiu áreas residenciais usando foguetes, acrescentando: “A destruição de edifícios residenciais por mísseis e artilharia é o argumento final para que o mundo esteja ao nosso lado para impedir a invasão dos ocupantes”.

    Zelensky disse que a Ucrânia agora tem “apoio quase total dos membros da UE para excluir a Rússia do SWIFT” – o sistema internacional de pagamentos que está no centro de um debate sobre sanções contra a Rússia.

    “Espero que a Alemanha e a Hungria tenham coragem suficiente para apoiar esta decisão”, disse ele.

    Ele também disse que a Ucrânia merece sua adesão à União Europeia. “Agora chegou o momento decisivo para encerrar os muitos anos de discussões” sobre a adesão da Ucrânia ao bloco.

    Ele novamente apelou aos ucranianos para resistir à invasão russa.

    “Cada ucraniano deve ter uma coisa em mente: se você pode parar e destruir os invasores – faça-o. Todos que puderem voltar para a Ucrânia – voltem para defender a Ucrânia”, declarou.

    Ele também apelou para voluntários do exterior. “Todos os amigos que quiserem se juntar a nós – por favor, venham, nós lhe daremos armas.”

    Mudando para o idioma russo, Zelensky voltou a falar diretamente com os russos.

    Ele agradeceu a Dmitry Muratov, chefe do jornal independente russo Novaya Gazeta, e outros na Rússia por seu ativismo antiguerra, e disse: “Os russos estão sendo enviados para morrer aos milhares e para matar”.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

    De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

    Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    * Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN

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