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    Ucrânia quer “garantias de segurança” da Rússia para encerrar crise, diz Zelensky

    Presidente ucraniano se reuniu com líderes da Polônia e Lituânia, nesta quarta (23); declaração conjunta pediu que Ucrânia receba status de candidata à União Europeia

    Natalia ZinetsAndrius SytasPavel Polityukda ReutersTim Listerda CNN

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reuniu com os presidentes da Polônia, Andrzej Duda e da Lituânia, Gitanas Nausėda, nesta quarta-feira (23).

    O encontro aconteceu na residência oficial do presidente ucraniano, o Palácio de Mariyinsky, na capital Kiev.

    Após a reunião, em um pronunciamento à imprensa, Zelensky disse que a Ucrânia quer garantias de segurança da Rússia como um passo para acabar com o impasse entre os dois países.

    “Acredito que a Rússia deveria estar entre os países que oferecem garantias de segurança claras. Muitas vezes sugeri que o presidente da Rússia se sentasse à mesa de negociações e falasse”, disse ele.

    Também diante da imprensa, os presidentes assinaram uma declaração oficial em conjunto cujo texto afirma que a Ucrânia “merece” receber o status de “candidata à União Europeia”.

    Lituânia e Polônia também declararam que vão apoiar os ucranianos para atingirem esse objetivo.

    “Enfatizamos que, dado o progresso significativo na implementação do Acordo de Associação [da União Europeia] e das reformas internas, bem como os atuais desafios de segurança, a Ucrânia merece o status de candidato à UE e a Lituânia e a Polônia apoiarão a Ucrânia para alcançar esse objetivo”, afirma a declaração.

    A declaração conjunta pede à comunidade internacional uma “introdução rápida” de sanções “robustas” à Rússia, incluindo medidas visando o gasoduto Nord Stream 2 entre a Rússia e a Alemanha.

    Em pronunciamento após assinar a declaração conjunta, o presidente polonês Andrzej Duda disse que condena a decisão da Rússia de reconhecer a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia.

    “As ações da Rússia são de grande preocupação para nós. Nós as levamos muito a sério”, disse Duda.

    “Acreditamos que eles representam uma ameaça não apenas para a Ucrânia, mas para toda a nossa região, para o flanco leste da Otan e para a UE como um todo”, completou.

    “O futuro da segurança na Europa está sendo decidido agora na Ucrânia”

    O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky também disse que o “futuro da segurança europeia está sendo decidido agora, aqui na Ucrânia”.

    “Somos unânimes em nossa avaliação dos crimes da Federação Russa. Este é mais um ato de agressão contra a Ucrânia, sua soberania, nossa integridade territorial”, acrescentou.

    Zelensky pediu um regime duro de sanções contra a Rússia.

    “A presença militar da Federação Russa no território ocupado de Donbass se esconde atrás do uniforme separatista”, disse ele.

    “E agora vemos que este é um afastamento unilateral dos acordos de Minsk”, acrescentou, referindo-se ao anúncio da Rússia de que o acordo de Minsk – projetado para trazer a paz às regiões orientais da Ucrânia – não existem mais.

    “Isso prejudica as tentativas ucranianas e internacionais de regular a situação em Donbass”, disse Zelensky.

    “A resposta da comunidade internacional a este crime deve ser decisiva, imediata e dura”.

    Presidentes da Polônia, Andrzej Duda, da Ucrânia, Volodymyr Zelensky e da Lituânia, Gitanas Nauseda, reunidos em Kiev, nesta quarta-feira (23). / Presidência da Ucrânia / Reprodução