Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ucrânia não vê redução de forças russas na fronteira, diz ministro

    "Não subestimamos a ameaça em nenhum caso, é muito alta", acrescentou chefe da pasta da Defesa

    Tim Listerda CNN , em Kiev, Ucrânia

    A Ucrânia não está testemunhando a retirada das forças russas de posições próximas à fronteira ucraniana, disse o ministro da Defesa do país, Oleksii Reznikov, nesta segunda-feira (21).

    “Estamos observando as unidades russas, que hoje somam 127.000 pessoas no componente terrestre, e 147.000 pessoas com o componente naval e de aviação”, disse Reznikov.

    “Não vemos retirada e não estamos falando de redução do número, pois as unidades podem ser rapidamente devolvidas aos seus locais anteriores ou transferidas para outra área.”

    O Ministério da Defesa ucraniano deu números muito semelhantes na semana passada.

    A atualização ocorre quando novas imagens de satélite coletadas pela Maxar no domingo (20) mostram atividade intensificada entre as unidades russas próximas à fronteira nordeste da Ucrânia, com unidades que estavam em guarnições parecendo assumir posições de campo.

    “Esta nova atividade representa uma mudança no padrão dos desdobramentos observados anteriormente de grupos de batalha (tanques, veículos blindados, artilharia e equipamentos de apoio)”, observou a Maxar.

    “Até recentemente, a maioria dos desdobramentos tinha sido vista principalmente posicionada em ou perto de guarnições militares e áreas de treinamento existentes”, afirmou.

    Movimentação de militares russos na fronteira com a Ucrânia / Maxar

    Reznikov acrescentou: “Não subestimamos a ameaça em nenhum caso, é muito alta”. O ministro também abordou a possibilidade de a Rússia reconhecer as repúblicas autodeclaradas no leste da Ucrânia como independentes.

    “Se eles reconhecerem esses grupos terroristas, que se autodenominam repúblicas, amanhã ou depois de amanhã, eles violarão diretamente a integridade territorial e a soberania da Ucrânia”, disse ele.

    “Isso significará que, de fato, este é um pretexto para uma potencial invasão através da introdução de alguns soldados da paz ou algo assim, como eles chamam”.

    Na semana passada, legisladores russos apelaram ao presidente russo, Vladimir Putin, para reconhecer as repúblicas separatistas em Donbas como independentes.

    O Kremlin disse após a votação que não tinha planos de reconhecer as duas regiões, afirmando:

    “Ninguém permanece indiferente ao destino de Donbas. Mas ainda assim, a Rússia declarou repetidamente que continua comprometida com o pacote de medidas de Minsk e que a Rússia é a favor da implementação de todo o plano de Minsk o mais rápido possível, na sequência que existe.”

    Tópicos