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    Ucrânia: Médicos realizam cirurgias cardíacas infantis em local improvisado

    Novo local foi feito depois que mísseis atingiram o maior hospital infantil da Ucrânia

    Sergiy KarazyYurii Kovalenkoda Reuters

    Um míssil atingiu o prédio adjacente do maior hospital infantil da Ucrânia seis meses atrás, dentro do complexo de Kiev. No dia do ocorrido, os médicos estavam realizando uma operação no Centro de Cardiologia e Cirurgia Cardíaca Pediátrica.

    “Lembro-me do teto caindo sobre mim”, afirmou Vadym Tkachuk, chefe da unidade de terapia intensiva do centro. “Mas os primeiros pensamentos são sempre sobre os pacientes.”

    Hoje, ele e sua equipe de especialistas realizam operações complicadas em alguns dos pacientes mais vulneráveis do país em um local temporário, enquanto o hospital danificado passa por reparos.

    Para bebês como Veronika, nascida quase quatro meses prematuramente, a capacidade da Ucrânia de reabrir o centro de cirurgia cardíaca infantil pode significar a diferença entre a vida e a morte.

    “Se não fossem centros e médicos como esses, acho que muitas crianças teriam morrido”, disse Anhelina Shevchuk, mãe da bebê, à Reuters depois que Veronika foi submetida a uma operação que salvou a vida dela no local temporário do centro.

    O novo local tem apenas metade do espaço e não possui alguns equipamentos especialmente projetados para o tratamento pediátrico, “mas continuamos trabalhando nessas condições mais difíceis sem recusar nenhum paciente”, declarou Illia Yemets, diretora geral do centro.

    Quando as sirenes de ataque aéreo tocam e outras pessoas em toda a capital se abrigam, a equipe do hospital geralmente permanece em seus postos para cuidar dos pacientes pediátricos gravemente doentes.

    Mais de 1,9 mil instalações médicas em 715 hospitais e clínicas foram danificadas durante a guerra, informou o Ministério da Saúde da Ucrânia no mês passado.

    As autoridades instalaram 12 mil geradores em instituições médicas para protegê-las contra a perda de energia durante os ataques russos, que têm atingido implacavelmente a rede de energia da Ucrânia.

    Apesar das condições, Shevchuk disse estar confiante nos médicos que tratam a bebê Veronika.

    “Ela está melhorando agora”, afirmou com um leve sorriso. “Ela está ganhando peso.”

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