Ucrânia luta contra 50 mil soldados na região de Kursk, na Rússia, diz Zelensky
Além disso, uma autoridade dos EUA afirma que tropas da Coreia do Norte devem realizar ataque na região nos próximos dias
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nesta segunda-feira (11) que a Rússia enviou quase 50 mil soldados para Kursk, a região do sul da Rússia onde Kiev lançou sua contraofensiva.
As tropas ucranianas “continuam a conter” o “grupo inimigo de quase 50 mil homens” em Kursk, disse Zelensky em uma publicação no Telegram após receber um briefing do General Oleksandr Syrskyi, Comandante em Chefe das Forças Armadas da Ucrânia.
Kiev lançou sua incursão na região de Kursk, na Rússia, em agosto, pegando de surpresa não apenas Moscou, mas também seus aliados. Disse na época que a operação era necessária, porque a Rússia planejava lançar um novo ataque à Ucrânia a partir da região.
A ofensiva de Kursk, foi a primeira invasão terrestre na Rússia por uma potência estrangeira desde a Segunda Guerra Mundial e pegou Moscou completamente despreparada.
Os ucranianos avançaram rapidamente para o interior do território russo e, desde então, mantiveram o controle sobre parte do território russo. E enquanto a Rússia recuperou alguns assentamentos, a linha de controle mal mudou nos últimos meses.
Um oficial dos EUA disse à CNN no domingo (10) que a Rússia reuniu uma grande força de dezenas de milhares — incluindo tropas norte-coreanas recém-chegadas — para realizar um ataque às posições ucranianas em Kursk. O oficial disse que a ofensiva era esperada para os próximos dias.
O Kremlin não comentou sobre a presença de tropas norte-coreanas em seu território. Em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU na semana passada, a Rússia se recusou a responder perguntas dos EUA sobre sua implantação de tropas norte-coreanas.
Ao mesmo tempo, no sábado o presidente russo Vladimir Putin assinou uma lei ratificando um tratado de defesa mútua com a Coreia do Norte.
A Rússia e a Coreia do Norte têm criado laços cada vez mais amigáveis desde que Moscou invadiu a Ucrânia em 2022. A Coreia do Norte tem um dos maiores exércitos do mundo, com 1,2 milhão de soldados, mas a maioria de suas tropas não tem experiência em combate.
Zelensky disse na semana passada que 11 mil soldados norte-coreanos estavam na região.
Separadamente, um comandante ucraniano disse à CNN no domingo (10) que tropas norte-coreanas estavam participando de operações de combate direto em Kursk, bem como de operações defensivas na região vizinha de Belgorod, na Rússia, e em territórios ucranianos ocupados pela Rússia.
Kyiv se prepara para a segunda presidência de Trump
A Ucrânia está mais uma vez se encontra em uma posição difícil. A Rússia lança ondas quase diárias de ataques de drones de longo alcance em suas cidades, enquanto também luta para conter os avanços russos em vários locais ao longo da linha de frente de mais de mil quilômetros.
No fim de semana, Rússia e Ucrânia trocaram números recordes de ataques com drones, Moscou lançou um total de 145 drones na noite de sábado (9).
Enquanto isso, a Ucrânia disparou um número sem precedentes de drones em direção à capital da Rússia durante o último fim de semana.
Ao mesmo tempo, Kiev está tentando avaliar o impacto da vitória de Donald Trump na eleição dos EUA na semana passada. Trump disse anteriormente que poderia acabar com o conflito em 24 horas e em setembro declarou, “acho que é do melhor interesse dos EUA terminar esta guerra e simplesmente fazê-la”.
O que acontece com as ações judiciais contra Trump, agora eleito?