Ucrânia documentou mais de 183 mil crimes de guerra da Rússia, diz Zelensky
Presidente ucraniano discursou em uma cúpula de autoridades europeias em Bucha, subúrbio anteriormente ocupado pela Rússia


A Ucrânia documentou mais de 183 mil crimes de guerra da Rússia desde a invasão sofrida em fevereiro de 2022, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta segunda-feira (31), aumentando a pressão sobre as autoridades locais e um Tribunal Penal Internacional (TPI) sob pressão das sanções dos EUA.
Kiev está investigando supostas atrocidades como sequestro, tortura e assassinato enquanto luta para se defender do ataque em grande escala da Rússia, que já dura três anos, e está buscando ajuda de seus aliados para responsabilizar o Kremlin.
Discursando em uma cúpula de autoridades europeias em Bucha, o subúrbio de Kiev agora sinônimo de supostos crimes de guerra russos, Zelensky disse que a contagem não incluía a maior parte do território ucraniano que a Rússia ocupa atualmente.
Junto com a primeira-dama Olena Zelenska e autoridades europeias visitantes, ele prestou homenagem às vítimas que a Ucrânia diz terem sido massacradas pelas tropas russas durante sua ocupação de um mês em Bucha.
A retirada das forças russas após seu ataque fracassado a Kiev no início de 2022 revelou ruas devastadas repletas de corpos de civis lá e em cidades próximas.
As forças de Moscou cometeram mais de 9 mil crimes na área, incluindo 1,8 mil assassinatos, de acordo com o procurador-geral interino Oleksii Khomenko.
A grande maioria dos casos de crimes de guerra está sendo investigada pela Ucrânia e julgada localmente em tribunais com falta de pessoal, mas o TPI conduziu suas próprias investigações em episódios separados de alto perfil.
Ele emitiu mandados de prisão para o presidente Vladimir Putin e o ex-ministro da defesa Sergei Shoigu pela deportação de crianças ucranianas e pelo ataque à rede elétrica da Ucrânia, respectivamente.