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    Ucrânia diz que sete corredores humanitários serão abertos nesta quinta

    Civis já começaram a deixar a cidade de Sumy, diz governador regional; expectativa é pela retirada de civis da cidade portuária de Mariupol

    Pavel Polityukda Reuters

    A Ucrânia está abrindo sete “corredores humanitários” nesta quinta-feira (10) para que civis deixem cidades sitiadas por forças russas, incluindo a cidade portuária de Mariupol, no sul, disse a vice-primeira-ministra Iryna Vereshchuk.

    Os civis já começaram a deixar a cidade de Sumy, no nordeste do país, sob um cessar-fogo local, disse o governador regional.

    As pessoas também estavam deixando os assentamentos próximos de Krasnopillya e Trostyanets, disse o governador Dmytro Zhyvytskyy. “As colunas (de evacuação) estão saindo. O cessar-fogo foi acordado!”, disse.

    Milhares de pessoas já deixaram a cidade de Sumy nos últimos três dias após acordos entre russos e ucranianos.

    Enquanto isso, há expectativa para retirada de civis da cidade de Mariupol, um dia depois da Ucrânia acusar os russos de bombardearem um hospital infantil e maternidade em um ataque aéreo.

    Várias tentativas anteriores de estabelecer um corredor humanitário de Mariupol falharam, e as pessoas na cidade de mais de 400 mil pessoas estão abrigadas lá sem água ou energia há mais de uma semana.

    Cada lado culpou o outro pelo colapso do cessar-fogo local, inclusive em torno de Mariupol, e a Rússia disse que os relatos de que bombardeou um hospital infantil eram “fake news”.

    Os russos alegam que as instalações não são mais usadas como hospital e há muito tempo foram tomadas por tropas ucranianas.

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    Pela primeira vez desde o início da invasão da Ucrânia pelo exército da Rússia, os principais diplomatas das duas nações envolvidas no conflito irão se encontrar. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, irá se reunir com o chanceler russo, Sergey Lavrov, na manhã desta quinta-feira (10), no sul da Turquia.

    Comparada aos encontros que já aconteceram entre negociadores ucranianos e russos, a reunião desta quinta será a que envolve autoridades de maior nível dos dois países desde que o conflito começou. A expectativa é que os chanceleres conversem sobre a abertura de mais corredores humanitários e condições para uma pacificação do conflito.

    O encontro deve ser mediado pelo ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, e acontecerá durante um fórum diplomático com duração de três dias organizado pelo país anfitrião e sediado na cidade de Antalya.

    Embora faça parte da Otan e seja aliada da Ucrânia, a Turquia também mantém uma relação próxima com a Rússia e, desde o início do conflito, tem se esforçado para preservar contato com os dois países.

    Mesmo classificando a invasão russa como “inaceitável”, o governo turco se opõe a sanções contra Moscou e condenou a “caça às bruxas” contra a cultura russa.

    Antes do encontro, o chanceler ucraniano confessou que tem expectativas limitadas em relação às negociações com o governo da Rússia. “Mas direi francamente que minhas expectativas das conversações são baixas”, disse Kuleba em uma declaração em vídeo.

    “Estamos interessados em um cessar-fogo, na libertação de nossos territórios e o terceiro ponto é a resolução de todas as questões humanitárias”, completou o ministro.

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