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    Ucrânia diz que “cúpula da paz” pode acontecer no próximo ano

    Ação acontece em meio a preocupações no Ocidente de que a guerra de Israel torne mais difícil a conquista de apoio diplomático para o plano ucraniano de paz

    Por Tom Balmforth, da Reuters

    Uma “cúpula de paz” para a Ucrânia com a participação de diversos países pode ocorrer em fevereiro de 2024, disse uma autoridade de alto escalão de Kiev nesta quinta-feira (9).

    A ação acontece em meio a preocupações no Ocidente de que a guerra de Israel esteja tornando mais difícil conquistar apoio diplomático para o plano do governo ucraniano para a paz.

    A Ucrânia pretendia realizar uma conferência de líderes mundiais este ano, enquanto tenta construir uma coligação global de apoio para endossar uma “fórmula” de 10 pontos para a paz elaborada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

    Kiev organizou uma série de negociações com a participação de dezenas de países em Malta, sem a Rússia, envolvendo conselheiros de segurança nacional, para trabalhar rumo à cúpula, enquanto a guerra chega ao seu 21º mês.

    Ihor Zhovkva, principal conselheiro diplomático de Zelensky, disse à Reuters na quinta-feira que a Ucrânia organizaria uma quarta reunião de conselheiros de segurança nacional no final de novembro ou início de dezembro.

    “E a Cúpula Global poderá ter lugar em fevereiro de 2024”, disse ele numa declaração por escrito. “A cúpula será certamente realizada, pois marcará o início simbólico da implementação prática da ‘fórmula de paz’ ucraniana e resumirá todos os resultados que já foram alcançados nesta via.”

    O plano de 10 pontos inclui apelos à restauração da integridade territorial da Ucrânia, à retirada das tropas russas, à proteção do abastecimento alimentar e energético, à segurança nuclear e à libertação de todos os prisioneiros.

    A Ucrânia tem procurado durante meses construir relações com governos da África, Ásia e América Latina.

    Mas, em particular, autoridades ocidentais dizem estar preocupadas com o fato do conflito no Oriente Médio constituir um revés na tentativa da Ucrânia de ampliar seu apoio e de também desviar a atenção da causa de Kiev.

    Veja também: CNN Brasil vai à linha de frente da guerra na Ucrânia

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