Ucrânia diz não ter defesa eficaz contra mísseis iranianos
“Temos defesa aérea, não defesa antimísseis”, disse Yuriy Ihnat, porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia
A Força Aérea da Ucrânia disse nesta terça-feira (1º) que atualmente não tem defesa eficaz contra os tipos de mísseis balísticos que o Irã está se preparando para enviar à Rússia, a fim usar na guerra contra a Ucrânia.
Yuriy Ihnat, porta-voz do Comando da Força Aérea da Ucrânia, disse que o alcance dos mísseis balísticos iranianos fornecidos, com “um com alcance de 300 km e o outro de 700 km”, permitirá que as forças russas ataquem qualquer lugar dentro da Ucrânia.
“Há uma alta probabilidade de que eles sejam entregues ao norte, acima da fronteira da Ucrânia, de onde possam ser lançados para ameaçar toda a Ucrânia”, disse Ihnat em entrevista coletiva em Kiev na terça-feira.
Mais cedo na terça-feira, a CNN informou que o Irã está se preparando para enviar cerca de 1.000 armas adicionais, incluindo mísseis balísticos de curto alcance e mais drones de ataque para a Rússia usar contra a Ucrânia.
Questionado se as Forças Armadas da Ucrânia estavam prontas para se defender contra esses tipos de mísseis balísticos iranianos, Ihnat respondeu que “tomará todas as medidas e meios de proteção contra esses mísseis” que puder.
No entanto, Ihnat alertou que “atualmente não tem defesa eficaz contra esses mísseis. “É teoricamente possível derrubá-los, mas é muito difícil fazer com os meios que temos atualmente”, completou
“Temos defesa aérea, não defesa antimísseis”, acrescentou.
Ihnat disse acreditar que a Rússia está enviando mísseis balísticos iranianos para aumentar sua oferta cada vez menor de mísseis Iskander-M de fabricação russa.
“É óbvio que esses mísseis estão chegando para complementar esses Iskanders, porque eles estão realmente ficando sem Iskanders”, disse ele.
Mykhailo Podolyak, conselheiro do chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, chamou Teerã de “cúmplice da agressão”.
“Transferindo mísseis para a Federação Russa, o Irã sabe que atacará nossas cidades. Ensinando os russos a usar drones, sabe que eles atacarão o setor de energia da Ucrânia, provocando ondas de refugiados para a UE”, escreveu.