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    Ucrânia começa a recrutar reservistas de 18 a 60 anos e parlamento vota lei de porte de armas

    De acordo com o anúncio das Forças Armadas, o período máximo de serviço é de um ano;

    Natalia Zinets e Maria Tsvetkovada Reuters , Kiev

    A Ucrânia começou nesta quarta-feira (23) a recrutar reservistas com idades entre 18 e 60 anos após um decreto do presidente Volodymyr Zelenskiy, informaram as Forças Armadas por um comunicado. O período máximo de serviço é de um ano.

    Zelenskiy declarou na terça-feira (22) que estava introduzindo o recrutamento de reservistas, mas descartou uma mobilização geral depois que a Rússia anunciou que estava movendo tropas para o leste da Ucrânia.

    Também nesta quarta-feira (23), o parlamento ucraniano votou para aprovar, em primeira leitura, um projeto de lei que dá permissão aos ucranianos para portar armas de fogo e agir em legítima defesa.

    “A adoção desta lei é totalmente do interesse do Estado e da sociedade”, disseram os autores do projeto de lei em nota, acrescentando que a lei era necessária devido às “ameaças e perigos existentes para os cidadãos da Ucrânia”.

    Uma das piores crises de segurança da Europa em décadas ocorreu depois que o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu duas áreas do leste da Ucrânia como independentes e ordenou que tropas fossem enviadas para o leste da Ucrânia.

    Estado de emergência

    Um estado de emergência deve ser introduzido em todas as partes da Ucrânia sob controle do governo, anunciou o Conselho de Segurança e Defesa Nacional do país nesta quarta.

    A medida deverá ser aprovada pelo Parlamento ucraniano em 48 horas e terá duração de 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias.

    “Em todo o território de nosso país, com exceção de Donetsk e Luhansk, um estado de emergência será introduzido”, disse Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, nesta quarta-feira.

    “O principal objetivo da Federação Russa é desestabilizar a Ucrânia por dentro e alcançar seu objetivo. Para evitar que isso aconteça, decidimos hoje e tomamos essa decisão hoje”, acrescentou.

    Sanções internas

    O Parlamento da Ucrânia aprovou, nesta quarta-feira (23), um pacote de sanções contra 351 russos – incluindo parlamentares que apoiaram o reconhecimento da independência de dois territórios controlados por separatistas no leste da Ucrânia e o envio de tropas russas para lá.

    As sanções impõem restrições, que incluem impedir os sancionados de entrar na Ucrânia e impedir seu acesso a ativos, capital, propriedades e licenças comerciais.

    O Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia deve impor as sanções após uma votação.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia está aumentando a pressão sobre seu ex-vizinho soviético, ameaçando desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país. A mobilização provocou alertas de oficiais de inteligência dos EUA de que uma invasão russa pode ser iminente.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não chegaram a uma conclusão. Foi reconhecida pelo presidente russo Vladimir Putin, na segunda-feira (21), a independência de Donetsk e Luhansk, duas áreas separatistas ucranianas.

    Mapa da Ucrânia
    Mapa da Ucrânia com destaque para as regiões de Donetsk e Luhansk / Foto: Reprodução/CNN Brasil

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

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