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    Ucrânia atualiza pedido de ajuda militar aos EUA com mais de 1.000 mísseis por dia

    Tropas ucranianas alegam que enfrentam uma potencial escassez de armas em meio a um ataque russo em andamento

    Zachary CohenOren Liebermannda CNN

    A Ucrânia atualizou sua extensa lista de desejos de assistência militar adicional do governo dos Estados Unidos nos últimos dias e incluiu centenas de mísseis antiaéreos e antitanque a mais do que o solicitado anteriormente, de acordo com um documento fornecido à CNN que detalha os itens necessários.

    Os ucranianos apresentaram listas semelhantes nas últimas semanas, mas um pedido recente fornecido aos parlamentares norte-americanos parece refletir uma necessidade crescente de mísseis antiaéreos Stinger e mísseis antitanque Javelin fabricados nos EUA — com a Ucrânia dizendo que precisa urgentemente de 500 de cada por dia.

    De acordo com uma fonte que tem conhecimento dos pedidos, em ambos os casos, a Ucrânia está pedindo centenas de mísseis a mais do que os incluídos em uma lista semelhante fornecida anteriormente aos deputados e senadores dos EUA.

    A nova lista foi elaborada no momento em que os ucranianos alegam que enfrentam uma potencial escassez de armas em meio a um ataque russo em andamento — na tentativa de provocar uma reação de autoridades dos EUA e da Otan, que enfatizam que mais ajuda militar já está entrando no país.

    A lista fornecida à CNN detalha várias outras necessidades urgentes, incluindo: jatos, helicópteros de ataque e sistemas antiaéreos como o S-300.

    Dois tipos de jatos de fabricação russa estão listados no documento, incluindo um projetado para fornecer apoio aéreo próximo às tropas em terra. A Ucrânia pediu 36 de cada aeronave, de acordo com a lista que a CNN teve acesso.

    Em 7 de março, menos de duas semanas após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, os EUA e outros membros da Otan enviaram cerca de 17 mil mísseis antitanque e 2.000 mísseis antiaéreos para a Ucrânia.

    Desde então, os países da Otan, incluindo os EUA, mantiveram o fluxo de armas e equipamentos, mesmo com a Rússia ameaçando atacar os carregamentos.

    O último pacote de assistência de segurança de US$ 350 milhões foi aprovado no final de fevereiro, e chegou à Ucrânia nos últimos dias, disse um alto funcionário da defesa, enquanto os próximos dois pacotes, totalizando US$ 1 bilhão, já começaram a chegar.

    O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta quinta-feira (24) que “sistemas de blindagem, munição e nossas armas estão fluindo para a Ucrânia enquanto falo”. O oficial de defesa disse que seriam “vários voos durante muitos dias” para levar o equipamento para o Leste Europeu antes de entrar na Ucrânia através de várias passagens de fronteira terrestre.

    Enquanto isso, na última quarta-feira (23), o Reino Unido anunciou que enviaria mais 6.000 mísseis, incluindo armas antitanque e de alto explosivo, para a Ucrânia, juntamente com cerca de US$ 33 milhões em apoio financeiro para os militares ucranianos.

    Alguns parlamentares do Congresso norte-americano acreditam que os EUA devem fornecer à Ucrânia as armas que estão solicitando o mais rápido possível.

    A senadora democrata Jacky Rosen, do Nevada, visitou a Polônia e a Alemanha no último fim de semana para se reunir com organizações da sociedade civil que ajudam os refugiados ucranianos que chegaram a esses países, bem como tropas americanas colocadas no exterior ajudando nos esforços humanitários.

    Rosen disse que seu maior aprendizado da viagem foi o “senso de urgência” no terreno.

    “Eles precisam de todas as ferramentas não apenas para sobreviver à guerra, mas para vencer a guerra, então se fornecermos mísseis ar-terra, drones, todo o apoio militar”, disse Rosen à CNN.

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