“Tudo está apenas começando na Rússia”, diz assessor de Zelensky após ação do Grupo Wagner
Segundo Mykhailo Podolyak, divisão entre as forças russas e o Grupo Wagner é muito clara


Mykhailo Podolyak, assessor sênior do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, descreveu, neste sábado (24), as ações do líder mercenário russo Yevgeny Prigozhin como uma “operação antiterrorista” e disse que “tudo está apenas começando na Rússia“.
“A divisão entre as elites é muito óbvia. Concordar e fingir que tudo está resolvido não vai funcionar”, tuitou Mykhailo Podolyak.
“Alguém definitivamente deve perder: ou Prigozhin… ou o coletivo ‘anti-Prygozhin'”, acrescentou. “Tudo está apenas começando na Rússia”, finalizou.
Mais cedo, Prigozhin acusou a liderança militar russa de atacar um de seus acampamentos militares e matar uma “grande quantidade” de suas forças mercenárias. Em seguida, prometeu atacar as forças oficiais russas como represália.
Prigozhin afirmou que o Ministério da Defesa russo enganou o Grupo Wagner e prometeu “responder a essas atrocidades”.
“Eles nos enganaram sorrateiramente, tentando nos privar da oportunidade de defender nossas casas e, em vez disso, caçar Wagner. Estávamos prontos para chegar a um acordo com o Ministério da Defesa para entregar nossas armas e encontrar uma solução para continuarmos a defender país. Mas esses canalhas não se acalmaram”, expôs Prigozhin em uma nota de voz postada no Telegram.
Ele ainda promete retaliação: “Muitas dezenas, dezenas de milhares de vidas, de soldados russos serão punidas”, declarou Prigozhin. “Peço que ninguém oponha resistência. Aqueles que mostrarem tal resistência, consideraremos isso uma ameaça e os destruiremos imediatamente. Isso inclui qualquer bloqueio de estrada em nosso caminho, qualquer aeronave vista sobre nossas cabeças”, prosseguiu.
Também foi solicitado pelo mercenário que todas as pessoas que fiquem em casa e “mantenham a calma, para não serem provocadas”.
Em seguida o principal comandante da Rússia na Ucrânia, Sergey Surovikin, ordenou aos mercenários que interrompessem a rebelião e obedecessem ao presidente Vladimir Putin.