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    Trump volta a condicionar ajuda dos EUA aos aliados da Otan a gasto com defesa

    Comentários foram duramente criticados anteriormente

    Ex-presidente dos EUA Donald Trump
    Ex-presidente dos EUA Donald Trump 22/02/2024REUTERS/Seth Herald

    Kanishka Singhda Reuters

    Donald Trump reiterou que os Estados Unidos só deveriam proteger os membros da Otan, a aliança militar ocidental, de um futuro ataque da Rússia se os membros europeus gastarem mais na defesa.

    Durante entrevista ao GB News britânico, divulgada nesta terça-feira (19), Trump repetiu comentários que provocaram críticas tanto no país como no exterior no mês passado.

    Na ocasião, o ex-presidente disse em um comício de campanha que encorajaria a Rússia “a fazer o que quiser” a um membro da Otan se este não estivessem gastando o suficiente na defesa.

    Trump tem frequentemente citado o fracasso de muitos dos 32 membros da Otan em cumprir uma meta de gastos com defesa de pelo menos 2% do produto interno bruto (PIB).

    Os militares dos EUA constituem o núcleo do poder militar da aliança. As estimativas da Otan mostram que apenas 11 membros estão gastando no nível da meta.

    Após os comentários do republicano em fevereiro, o chefe do bloco, Jens Stoltenberg, disse esperar que 18 aliados atinjam a meta de gastos este ano.

    Defendendo os seus comentários de fevereiro, Trump afirmou que não se importava se os seus adversários políticos os usassem contra ele no período que antecedeu as eleições de 5 de novembro, nas quais enfrentará o presidente democrata Joe Biden, um firme apoiador da Otan.

    “Não me importo se eles usarem, porque o que estou dizendo é uma forma de negociação. Por que deveríamos proteger esses países que têm muito dinheiro e os Estados Unidos estavam pagando pela maior parte da Otan?”, comentou Trump ao entrevistador Nigel Farage.

    Questionado se os EUA defenderiam os aliados da aliança se começassem a “pagar as suas contas corretamente”, disse: “Sim. Mas os Estados Unidos deveriam pagar a sua parte justa, e não a parte justa de todos os outros”.

    “Então, se eles começarem a jogar limpo, a América [Estados Unidos] estará lá?” perguntou o entrevistador Nigel Farage.

    “Sim, 100%”, respondeu Trump.