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    Trump não deixou plano de distribuição de vacinas para Biden, dizem fontes

    Membros da nova administração ouvidos pela CNN afirmam que trabalho começou da ‘estaca zero’, mas acreditam que cumprirão meta de vacinar 100 milhões de pessoas

    Joe Biden assina primeiros atos como presidente dos EUA em cerimônia no Capitólio
    Joe Biden assina primeiros atos como presidente dos EUA em cerimônia no Capitólio Foto: CNN (20.jan.2021)

    MJ Lee, CNN

    O recém-empossado presidente dos EUA, Joe Biden, e seus conselheiros não herdaram qualquer plano de distribuição de vacinas contra o novo coronavírus da administração de Donald Trump, disseram fontes à CNN, o que representa um desafio significativo para a nova gestão norte-americana.

    O governo Biden prometeu tentar conter a pandemia de Covid-19 e acelerar drasticamente o ritmo de vacinação contra a doença. Mas nas primeira horas depois de Biden ser empossado na quarta-feira (20), fontes com conhecimento direto do trabalho do novo governo relacionado à Covid-19 disseram que um dos maiores choques que a equipe teve foi o que consideraram uma falta completa de estratégia de distribuição de vacinas, mesmo semanas depois de vários imunizantes serem aprovados para uso nos Estados Unidos.

    “Não há nada para mudarmos. Teremos que construir tudo do zero”, disse uma fonte. Outro membro do governo descreveu o momento em que ficou claro que o governo Biden teria que, essencialmente, começar da “estaca zero” porque simplesmente não havia plano: “Uau, foi apenas mais uma afirmação da completa incompetência [do governo Trump].”

    A nova gestão agora enfrenta uma intensa pressão para cumprir as promessas que Biden fez durante a campanha e a transição de reverter drasticamente a pandemia e se comportar de maneira totalmente diferente de Trump no que diz respeito à distribuição de vacinas.

    Antes da posse, alguns dos conselheiros de Biden para a questão da Covid-19 pediram cuidado para não criticar publicamente o manejo da doença e das vacinas pela administração Trump, visto que a equipe de transição já tinha dificuldade em obter informações críticas e cooperação, disse a fonte.

    Agora que a transição de poder ocorreu, o governo Biden espera poder começar rapidamente a obter um panorama mais claro da distribuição e administração de vacinas em todo o país, passando por uma espécie de exercício de “verificação de fatos” sobre o que exatamente o governo Trump fez e não fez, acrescentaram.

    A CNN relatou anteriormente que as preocupações mais urgentes da equipe Biden sobre a Covid-19 incluem problemas potenciais de fornecimento de vacinas, coordenação entre os governos federal e locais, bem como financiamento, pessoal e outras necessidades de recursos para os governos locais. Isso além das variantes emergentes da Covid-19, que a nova Casa Branca – em consulta com cientistas e especialistas – está observando com cautela.

    Biden deixou claro que desacelerar a disseminação da Covid-19 e aplicar 100 milhões de doses de vacinas em seus primeiros 100 dias no cargo são sua principal prioridade – objetivos que definirão se os primeiros anos de Biden no cargo serão, em última análise, considerados bem-sucedidos .

    Poucas horas depois de ser empossado, Biden assinou uma ordem executiva exigindo o uso de máscaras em todas os prédios federais, parte de sua promessa de campanha.

    “Este será o primeiro de muitos compromissos que teremos aqui”, disse Biden em sua primeira aparição no Salão Oval como presidente. “Com o estado da nação hoje não há tempo a perder. Vamos trabalhar imediatamente.”

    No primeiro dia completo de Biden no cargo, nesta quinta-feira (21), a Casa Branca está se concentrando na questão da Covid-19, lançando uma estratégia nacional para colocar a pandemia sob controle, incluindo várias ações executivas relacionadas à vacinação e testes.

    Criticando a “falta de cooperação” do governo Trump como um “impedimento” para o novo governo, o coordenador da Casa Branca para Covid-19, Jeff Zients, disse a repórteres na quarta-feira que ainda estava confiante de que o governo poderia cumprir sua meta de 100 milhões de vacinas em 100 dias .

    Há quase um ano, os americanos não podiam contar com o governo federal para nenhuma estratégia, muito menos uma abordagem abrangente para responder à Covid-19″, disse Zients. “E vimos os custos trágicos desse fracasso. Conforme o presidente Biden assumir, isso vai mudar.”

    (Texto traduzido; leia o original em inglês)