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    Trump mostra força com tarifas e acua países sul-americanos

    Presidente da Colômbia Gustavo Petro mostrou resistência, mas cedeu às medidas do americano

    Danilo Cruzda CNN , em São Paulo

    Donald Trump mostrou, pela primeira vez, que as ameaças envolvendo tarifas e sanções não são apenas bravatas. Em um embate contra a Colômbia, o americano mostrou que o relacionamento com a América Latina pode ser conflituoso.

    “Eu resistirei a você”. Foram as palavras do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, em sua carta a Donald Trump após o americano ordenar a criação de tarifas emergenciais sobre produtos colombianos.

    Petro havia negado o pouso de aviões militares que levavam imigrantes deportados à Colômbia. Segundo ele, os imigrantes não poderiam ser tratados como delinquentes e deveriam voar em aeronaves civis.

    Com as ameaças de Trump de sancionar a economia da Colômbia, Petro recuou. Segundo a Casa Branca, as medidas colocadas pelos americanos foram aceitas de forma irrestrita por Bogotá.

    Com isso, Trump segurou a assinatura de um decreto que imporia tarifas alfandegárias de 25% a produtos colombianos e as elevaria a 50% em uma semana.

    Caso Petro não cedesse, os Estados Unidos teriam pouco a perder. Já para a Colômbia, significaria um abalo na relação com seu maior parceiro comercial e principal destino de seu petróleo.

     

     

    A mensagem que ficou para outros países é que será necessário seguir as demandas dos Estados Unidos ou, então, enfrentar consequências. Em resposta, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos convocou uma reunião de emergência para quinta-feira (30). O principal tema será as deportações em massa promovidas por Trump.

    Desde o início de seu segundo mandato, Trump ensaia intimidar outros governantes. Em ordem executiva assinada no dia da posse, o presidente americano pediu a revisão do regime comercial dos Estados Unidos com todos os seus parceiros.

    Trump ameaçou, até aqui, guerras tarifárias contra o Canadá, que pretende anexar; o Panamá, de quem quer retirar o canal; a Dinamarca, dona da Groenlândia; e a Rússia, para pressionar por uma negociação para o fim da guerra na Ucrânia.

    Tirando a ameaça à Rússia, ignorada por Moscou, os outros exemplos continuam no ar.

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