Trump diz que OMS está ‘centrada na China’ e cogita reduzir repasses à entidade
Presidente americano critica postura da organização de defender reabertura de fronteiras aéreas com o país asiático
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (7) que vai estudar a possibilidade de reduzir os repasses anuais que o país faz para a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A fala veio em reação à decisão da OMS de recomendar que países estrangeiros reabram as fronteiras aéreas com a China que estão fechadas. O presidente americano disse que a OMS está “centrada na China”.
Em sua fala diária a respeito da pandemia do novo coronavírus, Donald Trump disse que a organização recebe “vastas quantias de dinheiro dos Estados Unidos” que ele gostaria de examinar. Em pauta, uma ajuda adicional de cerca de US$ 58 milhões (R$ 302,8 milhões) que o governo americano dá à OMS, para financiar projetos especiais.
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O presidente não citou a mensalidade anual que os EUA dão como membro da organização, que corresponde à US$ 1 bilhão (R$ 5,2 bilhões). Este valor significa em torno de 20% do orçamento anual da entidade.
O republicano fez coro às declarações de conservadores locais que criticam a entidade por se basear nos dados informados pelo regime chinês sobre a COVID-19, que consideram falhos. O senador Marco Rubio, um dos principais nomes do partido do presidente, pediu a renúncia do diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sob a alegação de que ele “permitiu que Pequim usasse a OMS para enganar a comunidade global”.
Pacote de auxílio
O governo americano está cogitando ampliar o pacote de auxílio para reduzir os impactos da pandemia sobre a economia americana. O conjunto de medidas já é de US$ 2,2 trilhões (R$ 11,4 trilhões), o maior da história americana, e deve ganhar mais US$ 250 bilhões (R$ 1,3 trilhão).
A verba adicional financiaria pequenos empresários que aceitassem não demitir seus empregados. As pequenas empresas representam quase a metade dos empregos nos Estados Unidos. A medida passa a ser ventilada diante do temor de que os número do desemprego no país, que sairão nesta semana, retratem um volume severo de fechamento de vagas.