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    Trump diz que se dá bem com Putin e que não viu prova de envenenamento de rival

    Presidente americano afirmou que os EUA devem 'analisar muito seriamente' o caso de Alexei Navalny, mas evitou condenar o estado russo até o momento

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Foto: Sarah Silbiger/Reuters (15.ago.2020)

    Jeff Mason,

    da Reuters

    O presidente Donald Trump afirmou que os Estados Unidos devem examinar “muito seriamente” a suspeita de envenenamento do líder da oposição russa Alexei Navalny, mas que seu governo ainda não viu nenhuma prova.

    “Não sei exatamente o que aconteceu, acho que é trágico. É terrível, não deveria acontecer. Não temos nenhuma prova ainda, mas vou dar uma olhada”, disse Trump na sexta-feira (4) em entrevista coletiva no a Casa Branca.

    Em resposta a outras perguntas sobre o assunto, o presidente afirmou que jornalistas deveriam se concentrar na China, não na Rússia. E, como havia feito na noite anterior em um comício de campanha na Pensilvânia, Trump enfatizou: “Eu me dou bem com o presidente Putin”.

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    Trump não tomou uma posição tão firme quanto o Departamento de Estado, que na sexta-feira expressou grande preocupação com a descoberta de que Navalny foi envenenado.

    Em uma reunião em Washington na sexta-feira, o vice-secretário de Estado Stephen Biegun disse ao embaixador russo Anatoliy Antonov que o uso desta “arma química” por Moscou seria uma violação clara de suas obrigações sob a Convenção de Armas Químicas.

    “O secretário adjunto instou a Rússia a cooperar totalmente com a investigação da comunidade internacional sobre este ataque”, disse a porta-voz do departamento Morgan Ortagus em um comunicado.

    A Alemanha, onde Navalny está internado, disse que a figura da oposição russa foi envenenada com um agente nervoso Novichok de estilo soviético e quer que os criminosos sejam responsabilizados. A Rússia até agora não abriu uma investigação criminal e disse que ainda não há evidências de um crime.

    Navalny é o oponente mais popular e proeminente do presidente Vladimir Putin, e o anúncio alemão nesta semana de que ele foi envenenado por um agente nervoso levantou a possibilidade de novas sanções ocidentais contra Moscou.