Trump dá indulto a ex-assessor investigado por interferência russa em eleição
Ex-conselheiro confessou ter mentido ao FBI durante investigação sobre interferência russa na eleição de 2016
O presidente Donald Trump deu indulto nesta quarta-feira (25) a seu ex-assessor de segurança nacional, Michael Flynn, que confessou ter mentido ao FBI durante a investigção sobre a interferência russa na eleição americana de 2016.
“É minha grande honra anunciar que o general Michael T. Flynn foi concedido um indulto total. Parabéns ao @GenFlynn e sua maravilhosa família, eu sei que vocês terão agora um Dia de Ação de Graças verdadeiramente fantástico”, anunciou ele nas redes sociais.
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General aposentado do Exército, em 2017, Flynn teria minimizado em depoimento as interações que teve com o embaixador da Rússia nos EUA, Sergei Kislyak, nas semanas antes de Trump assumir o cargo.
Desde então, ele tentou retirar as declarações, argumentando que os promotores violaram seus direitos e o levaram a um acordo de confissão. A sentença do seu caso foi adiada várias vezes.
Esse é o indulto de mais alto perfil concedido por Trump durante seu mandato.
Flynn foi um dos ex-conselheiros de Trump que confessaram ou foram condenados em julgamento na investigação sobre a interferência de Moscou na eleição de 2016 para impulsionar a candidatura do republicano. A Rússia negou as acusações.
Outro conselheiro, Roger Stone, foi sentenciado em fevereiro deste ano a três anos e quatro meses de prisão por obstrução de justiça, coação de testemunha e de mentir a legisladores investigando a interferência russa na eleição. Paul Manafort, ex-presidente de campanha de Trump, foi condenado a três anos e meio após ser condenado por lobby ilegal e coação de testemunha, que combinado a outra sentença em um caso relacionado, pode significar mais de sete anos atrás das grades.
(Com informações da Reuters)