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    Trump critica políticos que não revelam ter tomado dose de reforço contra Covid

    Em possível reprimenda contra o governador da Flórida, o ex-presidente afirmou que "covardes" não querem revelar publicamente se receberam uma dose de reforço

    Gabby OrrSteve Contornoda CNN

    O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez uma possível crítica ao governador da Flórida, Ron DeSantis, sobre sua recusa em informar publicamente se recebeu uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em uma nova entrevista ao canal de extrema-direita One America News.

    Trump – que anunciou em um evento no mês anterior que recebeu uma dose de reforço, além das duas doses da imunização contra o coronavírus – desacreditou políticos “covardes” que se recusaram a ser transparentes sobre seus próprios status de vacinação.

    Seus comentários vêm apenas semanas após DeSantis ter desviado de uma pergunta sobre a imunização em uma aparição em dezembro no canal Fox Business – uma resposta que sua equipe afirma ter sido dada por se tratar de uma “questão médica privada”.

    O ex-presidente não esconde sua frustração com DeSantis durante conversas privadas com apoiadores e aliados. DeSantis atraiu a ira de Trump após descartar publicamente uma candidatura presidencial em 2024 em uma primária do Partido Republicano que também inclua o ex-presidente.

    “Eu assisti a alguns políticos sendo entrevistados e uma das perguntas foi, “você tomou o reforço?”, porque haviam tomado a vacina, e eles estavam respondendo como – em outras palavras, a resposta era “sim”, mas não querem dizer, porque são covardes”, disse Trump ao OAN.

    “Você tem que dizer”, acrescentou. “Se você tomou ou não”.

    Eu assisti a alguns políticos sendo entrevistados e uma das perguntas foi, “você tomou o reforço?”, porque haviam tomado a vacina, e eles estavam respondendo como – em outras palavras, a resposta era “sim”, mas não querem dizer, porque são covardes (…) Você tem que dizer se tomou ou não.

    Donald Trump, em entrevista ao canal One America News

     

    DeSantis disse à apresentadora da Fox Business Maria Bartimoro em dezembro que “fez o que fez, a vacinação normal”, quando perguntado se recebeu uma terceira dose de imunizantes contra a Covid-19. O resto de sua resposta focou na oposição a mandatos de vacinação obrigatória como governador, dizendo que a vacina contra o coronavírus e possíveis doses extras devem ser “decisões individuais”.

    Na terça-feira (11), DeSantis se recusou a mencionar a palavra “vacina” em um discurso de 30 minutos no Departamento de Estado dos Estados. Ao invés disso, declarou a Flórida como “o estado mais livre entre esses Estados Unidos” e “uma rota de escape para aqueles irritados com mandatos e restrições autoritárias, arbitrárias e aparentemente sem fim”.

    Como muitos outros estados, a Flórida recentemente registrou uma nova onda de infecções por Covid e um aumento brusco nas hospitalizações entre não vacinados.

    DeSantis já propagandeou a chegada da vacina como um ponto decisivo na pandemia.

    No início de 2021, ele esteve envolvido em levar a vacina para comunidades de idosos no estado. Conforme a eligibilidade para a vacinação se estendeu para grupos mais jovens, onde a resistência à vacina era mais firme e barulhenta entre grupos conservadores, DeSantis perceptivelmente mudou de posição.

    Ao contrário de muitos líderes políticos, inclusive dentro de seu próprio partido, ele se recusou a tomar a vacina em frente às câmeras. Seu escritório confirmou discretamente em abril que ele recebeu a vacina de dose única da Johnson & Johnson, e seu time de comunicação se recusou a dizer se recebeu o reforço, insistindo que seria informação médica particular.

    Ao invés de encorajar publicamente as vacinas e os reforços, DeSantis tem focado em tratamentos alternaticos, como anticorpos monoclonais, e se opondo a mandatos de vacinação federais.

    Em nota enviada à CNN na quarta-feira (12), a porta-voz de DeSantis, Christina Pushaw, afirmou que não é claro se Trump estava se referindo ao republicano da Flórida em suas críticas.

    “O presidente Trump não mencionou o governador DeSantis na entrevista, então eu não faria suposições. O governador sempre foi muito claro na sua posição sobre as vacinas e reforços para a Covid-19: as vacinas devem estar disponíveis para todos, mas obrigatórias para ninguém, e a escolha de tomá-las é uma decisão médica individual e particular”, disse Pushaw.

    Ambos os políticos demonstraram interesse na Casa Branca, apesar de DeSantis ter mantido publicamente que seu único objetivo no momento é assegurar a reeleição em novembro para um segundo mandato como governador. Enquanto isso, Trump refletiu sobre escolher DeSantis para ser seu companheiro de chapa se ele fizer uma oferta de retorno em 2024 e afirmou que “derrotaria” com facilidade o governador da Flórida em uma primária republicana.

    “Eu venceria ele assim como venceria qualquer um”, disse o ex-presidente americano ao Yahoo Finance em outubro.

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