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    Trump corre contra o tempo para pagar fiança de quase meio bilhão de dólares

    A equipe de Trump procurou apoiadores ricos e pesou quais ativos poderiam ser vendidos - e rapidamente

    Kaitlan Collins

    O ex-presidente Donald Trump está em pânico à medida que o prazo se aproxima para pagar a fiança de meio bilhão de dólares para entrar com recurso no caso de fraude civil em Nova York, de acordo com várias fontes familiarizadas com o assunto.

    Os advogados de Trump reconheceram segunda-feira (18) que ele estava lutando para encontrar uma seguradora disposta a cobrir a fiança de 454 milhões de dólares.

    Em particular, Trump contava com a Chubb, que assinou sua fiança de US$ 91,6 milhões para cobrir o julgamento de E. Jean Carroll, mas a gigante do seguro informou seus advogados nos últimos dias que essa opção estava descartada.

    A equipe de Trump procurou apoiadores ricos e pesou quais ativos poderiam ser vendidos – e rapidamente.

    O provável candidato presidencial republicano tornou-se cada vez mais preocupado com a ótica que o prazo de 25 de março poderia apresentar – especialmente a perspectiva de ele, cuja identidade está ligada à riqueza há muito tempo, enfrentaria uma crise financeira.

    No privado, Trump continuou a atacar a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, e o juiz Arthur Engoron sobre o assunto, disseram essas fontes à CNN. (James forneceu um período de tolerância de 30 dias para pagamento da fiança após a decisão de Engoron.)

    Pouco antes das 6:30 da manhã de terça-feira (19), Trump levou essas queixas a público, fazendo oito publicações sobre o prazo na sua rede social em duas horas, argumentando que ele não deveria ter que pagar e mostrando preocupação que ele “seria forçado a hipotecar ou vender grandes ativos, talvez a preços de venda de fogo, e se e quando ganhar o recurso, eles (os ativos) teriam desaparecido.”

    “Isso faz sentido? CAÇA ÀS BRUXAS. INTERFERÊNCIA ELEITORAL!”, escreveu o ex-presidente.

    “Essas insinuações infundadas são pura bobagem”, disse o porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, em comunicado nesta terça-feira.

    “O presidente Trump apresentou uma moção para manter o julgamento injusto, inconstitucional e antiamericano do juiz de Nova York, Arthur Engoron, em uma caça às bruxas política trazida por uma procuradora-geral corrupta. Uma fiança tão alta seria um abuso da lei, contradizendo princípios fundamentais da nossa República, e fundamentalmente minando o estado de direito em Nova York.”

    Enquanto Trump e sua equipe jurídica esperam para ver se um tribunal de apelação vai pausar a sentença enquanto ele apela, ou permitir que ele pague uma fiança menor de US$ 100 milhões, ele expressou, privadamente, oposição a qualquer caminho relativo à falência, e essa, segue como a opção menos provável por enquanto, uma pessoa familiarizada com as conversas disse à CNN.

    Mas seus advogados disseram ao tribunal de apelações de Nova York na segunda-feira que ele abordou 30 seguradoras para apoiar a fiança, e o próprio ex-presidente disse no Truth Social que achava “praticamente impossível” pagar o valor. Seguradoras em potencial estão buscando dinheiro para pagar a fiança, não propriedades, de acordo com os advogados de Trump.

    O título decorre da decisão de Engoron no mês passado, que ordenou que Trump pagasse US$ 355 milhões em ganhos ilícitos, no caso trazido por James.

    Em sua decisão, o juiz escreveu que Trump e seus co-réus – incluindo seus filhos adultos – eram responsáveis por fraude, conspiração e emissão de declarações financeiras falsas e registros comerciais falsos, considerando que os réus inflacionaram fraudulentamente o valor dos ativos de Trump para obter taxas de empréstimo e seguro mais favoráveis. A quantia que Trump devia ultrapassou US$ 450 milhões com juros incluídos.

    A fim de impedir o Estado de cumprir o julgamento, Trump tem que fazer o pagamento que será mantido em uma conta pendente do processo de apelação, o que pode levar anos para ser concluído.

    Embora Trump tenha pago uma caução de US$ 91,6 milhões no início deste mês como parte de seu recurso no caso de difamação de Carroll, Gary Giulietti – um corretor de seguros que testemunhou por Trump durante o julgamento por fraude civil – disse que algumas das maiores seguradoras têm políticas internas que os limitam a cobrir uma caução superior a US$ 100 milhões.

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