Trump condena invasão da Rússia e diz que reza pelo povo ucraniano
Ex-presidente dos EUA mudou o tom em relação ao início da semana, quando elogiou Vladimir Putin
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump condenou neste sábado (26) a invasão da Ucrânia pela Rússia e disse estar orando pelos ucranianos, marcando uma forte mudança de tom em relação ao início desta semana, quando elogiou o presidente russo, Vladimir Putin.
Trump fez seus comentários na reunião conservadora do CPAC na Flórida algumas horas depois que os Estados Unidos e aliados anunciaram novas sanções abrangentes que expulsariam alguns bancos russos dos principais sistemas globais de pagamentos e limitariam a capacidade do banco central da Rússia de apoiar o rublo.
No início desta semana, Trump irritou alguns membros do Partido Republicano ao descrever as ações de Putin na Ucrânia, onde cidades foram atacadas por artilharia russa e mísseis de cruzeiro, como “gênio” e “bastante experiente”.
Dirigindo-se a uma multidão em adoração no CPAC, Trump expressou empatia pelos ucranianos e desta vez elogiou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, chamando-o de “corajoso” enquanto permanece em Kiev, a capital.
“O ataque russo à Ucrânia é terrível. Estamos orando pelo orgulhoso povo da Ucrânia. Deus os abençoe a todos”, disse Trump.
Trump também usou seu púlpito no CPAC, que se apresenta como o maior encontro conservador do mundo, para criticar o atual presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, dizendo que Putin se aproveitou de ser “fraco” para atacar.
Trump vinculou a invasão à eleição presidencial dos EUA em 2020, uma fixação sua, novamente dizendo falsamente que a fraude foi a culpada pela vitória de Biden.
“Como todos entendem, esse desastre horrível nunca teria acontecido se nossa eleição não fosse fraudada e se eu fosse o presidente”, disse ele, ao que uma mulher na plateia lotada respondeu: “você é o presidente!”
Trump também citou a invasão da Geórgia pela Rússia sob George W. Bush e a Crimeia sob Barack Obama antes de declarar: “Sou o único presidente do século 21 sob cuja vigilância à Rússia não invadiu outro país”.
Trump abordou seus elogios anteriores a Putin, dizendo que estava certo de que Putin era inteligente porque estava superando os líderes mundiais. “O verdadeiro problema é que nossos líderes são burros, burros. Tão burros”, disse ele.
Em uma entrevista divulgada no início do sábado (26), Biden zombou do comentário de Trump de que Putin é um “gênio”.
“Acredito tanto em Trump dizendo que Putin é um gênio do que quando ele se considerava um gênio estável”, disse Biden.
Durante a conferência de quatro dias do CPAC em Orlando, Flórida, que termina no domingo, os conservadores repetiram a linha de que Putin decidiu invadir a Ucrânia porque sabia que Biden era “fraco”. Os políticos republicanos têm evitado elogiar Putin.
Mais cedo neste sábado, J.D. Vance, candidato republicano a uma cadeira no Senado dos EUA em Ohio, disse que a classe política americana estava fixada no conflito na Ucrânia em detrimento de problemas mais próximos de casa, como travessias recordes na fronteira mexicana.
“Estou cansado de ouvir que temos que nos preocupar mais com as pessoas a 6.000 milhas de distância do que com pessoas como minha mãe, meus avós e todas as crianças afetadas por esta crise”, disse Vance, um capitalista de risco e autor.
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Evacuação de prédio em Kiev que teria sido atingido por um míssil no sábado (26), de acordo com prefeito da cidade • Divulgação/Ministério do Interior da Ucrânia
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Evacuação de prédio em Kiev que teria sido atingido por um míssil no sábado (26), de acordo com prefeito da cidade • Divulgação/Ministério do Interior da Ucrânia
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Evacuação de prédio em Kiev que teria sido atingido por um míssil no sábado (26), de acordo com prefeito da cidade • Divulgação/Ministério do Interior da Ucrânia
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Prédio em Kiev teria sido atingido por um míssil no sábado (26), de acordo com prefeito da cidade • Divulgação/Facebook prefeito de Kiev
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Prédio de apartamentos danificado por um recente bombardeio em Kiev, na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. REUTERS/Gleb Garanichista • REUTERS
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Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images
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Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022. • Anadolu Agency via Getty Images