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    Trump acena a eleitores negros, mas critica movimento Black Lives Matter

    Questão racial foi um dos temas tratados no último debate entre os candidatos a presidente dos Estados Unidos em 2020

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo



     O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscou se equilibrar no último debate do pleito de 2020 entre acenos aos eleitores negros no país e críticas ao movimento Black Lives Matter, que ele apresenta como sendo um grupo radical.

    O republicano evitou comentar sobre publicações suas vistas como estímulo a supremacistas brancos e disse ficar “triste” quando é associado a posturas racistas. “Eu sou a pessoa menos racista desta sala”, afirmou, completando se considerar o melhor presidente para os negros americanos desde Abraham Lincoln.

    O presidente argumentou que esse título seria devido a ele por reforças nos sistemas penal e de justiça. Para ele, há um tratamento injusto. “Esse sistema é um dos maiores avanços e ninguém fala sobre isso”, disse.

    O adversário Joe Biden buscou desconstruir essa narrativa. O candidato democrata afirmou se sensibilizar com pais de filhos negros que temem a violência e afirmou que Trump busca aumentar a repressão policial. “Ele disse que o problema era não ter gente suficiente presa”, criticou.

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    Os dois trocaram farpas a respeito de um episódio de 1994, em que Biden teria associado os negros a “predadores”, o que o democrata negra veementemente. Trump disse ter apoiado universidades muito frequentadas por negros e Biden rebateu que ele é o primeiro presidente a frear a inclusão racial.

    Sobre o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam, em inglês), o republicano voltou a fazer críticas fortes. Ele não entrou em uma discussão detalhada sobre o movimento e focou em um episódio que disse ter visto em que o movimento seria hostil a policial.

    “Chamando a nossa polícia de porcos e falando para fritá-los como bacon. A nossa polícia. Isso é algo horrível para se dizer”, falou, sem detalhar o contexto do relato. As críticas dele ao movimento Black Lives Matter foram uma das passagens citadas pela mediadora Kristen Welker para cobrá-lo a se posicionar sobre a questão racial.

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