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    Tropas russas já estão nas rotas de fuga da capital da Ucrânia

    Estradas que conectam território ucraniano a países vizinhos servem tanto para abastecimento quanto para deslocamento de refugiados

    Renata Souzada CNN , em São Paulo

    Há três dias as tropas russas praticamente não se moveram na Ucrânia, embora os ataques aéreos continuem intensos. No entanto, chama a atenção que rotas que conectam o território ucraniano aos países vizinhos, como a Polônia, e que servem para abastecimento e deslocamento de refugiados, estão tomadas pela presença de tropas russas.

    Além das estradas que levam à Polônia, também nota-se, conforme informações do editor de Internacional da CNN Marcelo Favalli, as forças de Vladimir Putin ocupando rotas que vão à Belarus.

    Uma das cidades que mais sofreram com ataques aéreos nos últimos dias é Mariupol. Dentre os bombardeios, destacam-se os supostos ataques russos a um hospital com UTI, ao Teatro Drama – repleto de cidadãos abrigados, segundo alegaram as autoridades ucranianas – e a um centro metalúrgico.

    Esses três pontos têm em comum a presença de civis e, portanto, a possibilidade de terem sido cometidos crimes de guerra por parte do exército russo.

    Há alguns dias, também foi registrado um ataque a um hospital maternidade e de atendimento infantil em Mariupol. Na ocasião, uma gestante e seu bebê acabaram não resistindo aos ferimentos sofridos.

    Em entrevista à CNN, nesta sexta-feira (18), a advogada e pesquisadora na área de direito internacional – com foco em tribunais internacionais – na Universidade de Leiden (Holanda), Paula Baldini, explicou quais atos configuram os crimes de guerra na Ucrânia.

    Para a especialista, as imagens são fortes indícios de violação do “princípio da distinção”, ato que faz com que seja obrigatória a diferenciação entre alvos civis e militares.

    “A finalidade das regras dentro da guerra é de minimizar o sofrimento das pessoas envolvidas. Uma tropa pode tomar decisões necessárias pra avançar, mas ela precisa obedecer ao princípio da distinção. Civis incluiu áreas residenciais, hospitais, pessoas civis – porque elas não estão uniformizadas – e qualquer outro lugar onde civis estejam protegidos e abrigados durante uma guerra”, disse.”

    Além disso, quando é inevitável atacar um alvo que talvez seja civil ou irá atingir um civil, você tem que ser proporcional, usar os meios mínimos possíveis para atingir seu objetivo militar e avançar”, acrescentou a advogada.

    Novos ataques

    Ainda nesta sexta-feira (18), cidades ucranianas novos registrar bombardeios. A cidade de Lviv, que fica a 70 quilômetros da fronteira com a Polônia, foi atingida por mísseis atingiram.

    Na capital ucraniana, Kiev, uma pessoa morreu após um incêndio em um prédio provocado por um míssil.

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