Tribunal russo mantém decisão de não investigar envenenamento de Alexei Navalny
Principal opositor de Vladimir Putin foi envenenado na Sibéria, se recuperou na Alemanha e foi preso no mês passado após retornar à Rússia
O tribunal militar russo manteve nesta segunda-feira (22) a decisão dos investigadores estaduais de não abrir investigações criminais sobre o envenenamento do crítico do Kremlin, Alexei Navalny. A corte também rejeitou um recurso legal de seus aliados, disse um membro de sua equipe jurídica.
Navalny, de 44 anos, adoeceu em um voo na Sibéria em agosto e foi transportado de avião para a Alemanha, onde os médicos concluíram que ele havia sido envenenado.
O Kremlin negou qualquer participação no episódio e disse não ter visto nenhuma prova de que ele foi envenenado.
Depois de se recuperar na Alemanha e retornar à Rússia, Navalny, o crítico mais proeminente do presidente Vladimir Putin, foi preso no mês passado por cerca de dois anos e meio por violações da liberdade condicional que ele considerou forjadas.
Seus aliados pediram às autoridades policiais russas que abrissem processos criminais por seu envenenamento e entraram com uma ação judicial contra o que disseram ser a inação inaceitável das autoridades.
O tribunal militar de Moscou rejeitou o recurso nesta segunda, segundo Vyacheslav Gimadi, chefe do departamento jurídico da Fundação Anticorrupção de Navalny relatou no Twitter, assim como a conta oficial da equipe de Navalny.
De acordo com o tribunal, a recusa se baseia na falta de evidências de que um crime tenha ocorrido, informam as agências de notícias russas. A equipe de Navalny disse que planeja apelar da decisão.