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    Três brasileiros vivem em Rafah, que pode ser alvo de ofensiva israelense

    Brasileira e dois homens de dupla nacionalidade residem no oeste de Rafah, a poucos quilômetros do mar, relativamente distantes do centro de operações vislumbradas por Israel

    Teo Curyda CNN , em Brasília

    O governo federal mantém contato com três brasileiros que vivem na cidade palestina de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

    Uma brasileira e dois homens de dupla nacionalidade moram no oeste da cidade, próximos à fronteira com o Egito.

    Militares israelenses emitiram um alerta aos residentes do leste de Rafah para deixarem o local “imediatamente”, um dia depois do ministro da Defesa do país ter dito às tropas dentro de Gaza que esperassem “ação intensa em Rafah num futuro próximo”.

    No oeste de Rafah, os três brasileiros vivem a poucos quilômetros do mar, relativamente distantes do centro de operações vislumbradas pelas forças israelenses, de acordo com o embaixador Alessandro Candeas.

    A brasileira e os dois homens com dupla nacionalidade moravam no norte da Faixa de Gaza, mas foram obrigados a se deslocar para o sul diante da ofensiva israelense na região ao longo dos últimos meses.

    O embaixador está em permanente contato com os três. Ainda não há definição com relação à saída dos brasileiros da região. A avaliação é a de que um eventual deslocamento pode ser tão perigoso quanto a permanência na cidade.

    Há 19 brasileiros e parentes próximos morando na Faixa de Gaza – dez crianças, quatro mulheres e cinco homens adultos. Três estão em Rafah, sete moram em Nuseyrat, seis residem na Cidade de Gaza, dois estão em Khan Younes e um em Deir Al Balah.

    Em fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que uma ofensiva militar israelense em Rafah causaria uma “catástrofe incomensurável” e levaria o sistema de saúde do território palestino à beira do colapso.

    Os Estados Unidos expressaram, em abril, preocupação com a possível ação israelense na cidade, apesar de concordarem com “com o objetivo comum de ver o Hamas derrotado em Rafah”.

    As agências humanitárias têm alertado Israel contra uma ofensiva terrestre em grande escala em Rafah, alegando que “significaria mais sofrimento e morte” para os 1,2 milhão de palestinos deslocados que se abrigam na cidade.

    O Programa Alimentar Mundial alertou neste final de semana que o norte de Gaza vive uma “fome total” que se espalha rapidamente pelo resto da região.

    Israel afirma que o Hamas assassinou 1,2 mil pessoas nos ataques de 7 de outubro. Em retaliação, Israel matou mais de 34 mil pessoas, segundo as autoridades de saúde de Gaza, e arrasou o território palestino.

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