Todas as opções de sanções contra a Rússia estão sobre a mesa, diz Macron
Líderes da União Europeia fizeram pronunciamento conjunto nesta sexta-feira, definindo maior investimento nas áreas militar, energética e econômica
Os líderes da União Europeia (UE) se reuniram nesta sexta-feira (11) em Versalhes, na França, para discutir ações futuras após o ataque da Rússia contra a Ucrânia. De acordo com Emmanuel Macron, presidente francês, “todas as opções estão na mesa” em relação às sanções contra os russos.
Além de Macron, Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, ressaltaram diversas vezes planos para eliminar a dependência do bloco de combustíveis fósseis da Rússia.
“Até meados de maio, apresentaremos uma proposta para eliminar gradualmente nossa dependência do gás, petróleo e carvão russos até 2027, apoiada pelos recursos nacionais e europeus necessários”, disse von der Leyen.
Para que isso seja atingido, os países concordaram em investir em energia sustentável.
Na cúpula realizada mais cedo entre os líderes, foram definidos três pontos:
- Reforçar as capacidades de defesa;
- Reduzir as dependências energéticas;
- Construir uma base econômica mais robusta.
Também foi anunciada a “Declaração de Versalhes”, relatório relacionado aos eventos desta sexta. O documento classificou a guerra como uma “mudança tectônica na história da Europa”.
Novamente, eles exigiram “a segurança e proteção das instalações nucleares da Ucrânia seja garantida imediatamente com a assistência da Agência Internacional de Energia Atômica. Exigimos que a Rússia cesse sua ação militar e retira todas as forças e equipamentos militares de todo o território da Ucrânia imediata e incondicionalmente, e respeita plenamente a integridade territorial, soberania e independência dentro de suas fronteiras”.
Von de Leyen agradeceu o apoio de países próximos à Ucrânia que estão recebendo os refugiados e disse que a UE seguirá com mais sanções contra a Rússia.
Macron, por sua vez, disse que este é um “ponto trágico para a nossa história”, mas que a “Ucrânia mostrou que pertence e merece pertencer à Europa e à União Europeia”.
Sobre isso, a Declaração de Versalhes pontua que “o Conselho agiu rapidamente e convidou a Comissão a apresentar o seu parecer sobre este pedido em acordo com as disposições pertinentes dos Tratados. Enquanto isso e sem demora, fortaleceremos ainda mais nossos laços e aprofundaremos nossa parceria para apoiar a Ucrânia em
prosseguindo o seu caminho europeu. A Ucrânia pertence à nossa família europeia”.
O presidente francês também pontuou que o conflito pode gerar uma crise no abastecimento de alimentos na Europa e África, visto que Rússia e Ucrânia são importantes exportadores destes produtos.