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    Em comitê, testemunhas vinculam Trump diretamente aos ataques contra eleição de 2020

    Presidente teria participado de suposto esquema de apresentação de lista com falsos eleitores em estados-chave visando derrubar a vitória de Joe Biden

    Da CNN

    A audiência do Comitê da Câmara que a investiga o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos Estados Unidos desta terça-feira (21) se concentrou em apurar os esforços do então presidente Donald Trump para alterar os resultados das eleições de 2020.

    Os depoimentos do secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, de seu vice Gabe Sterling e do presidente da Câmara dos Deputados do Arizona, Rusty Bowers, explicam como o republicano esteve diretamente envolvido no esquema de apresentação de lista com falsos eleitores pró-Trump em estados-chave para derrubar a vitória legítima de Joe Biden.

    Os depoimentos ainda revelaram que Trump recebeu ajuda de dois congressistas republicanos, Andy Biggs, do Arizona, e Ron Johnson, de Wisconsin.

    Além de apresentar eleitores falsos, a equipe também tentou cancelar a certificação dos votos de Biden no dia da confirmação das eleições em 6 de janeiro.

    Ameaças

    O colegiado reproduziu trechos de um telefonema de 2 de janeiro de 2021 obtido pela CNN entre o secretário de Estado da Geórgia e Trump, onde o ex-presidente instou Raffensperger a “encontrar” votos para derrubar a eleição.

    Durante as oitivas, os funcionários alegaram ter sofrido intimidações e ameaças após a consolidação do resultado. Denunciaram vazamento de dados pessoais, telefonemas diários, assédio online, ameaças de morte e invasão de domicílio, além de protestos em frente às suas casas.

    De acordo com o comitê, a campanha de Trump gastou milhões de dólares em anúncios promovendo alegações de fraude eleitoral e instando os americanos a ligar para seus legisladores e exigir que eles inspecionem as urnas.

    A ex-funcionária do condado de Fulton, na Geórgia, Wandrea “Shaye” Moss e sua mãe Ruby Freeman foram especificamente visadas pela equipe que promoveu as campanhas de difamação. Eles foram acusadas diretamente por Trump de terem contado os votos errados e passaram a sofrer uma pressão enorme do presidente.

    Em testemunho em vídeo ao comitê, Freeman disse: “Perdi meu nome, perdi minha reputação, perdi meu senso de segurança”.

    Próxima audiência

    A próxima audiência acontecerá na próxima quinta-feira (23) e se debruçará sobre o uso do Departamento de Justiça por Trump para apoiar a desinformação eleitoral. Será a quinta audiência este mês e contará com depoimentos ao vivo de Richard Donoghue, ex-vice-procurador-geral,

    (Com informações de Marshall Cohen, Jeremy Herb e Zachary Cohen da CNN Internacional)

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