Terceira vítima morre após tiroteio em igreja do Alabama, nos Estados Unidos
Mulher de 84 anos morreu nesta sexta-feira (17); atirador foi detido por membros da igreja e preso pela polícia em seguida
Um homem de 71 anos – que matou a tiros três idosos na reunião de um grupo da igreja no Alabama, nos EUA, na noite da última quinta-feira (16) – foi detido por outra pessoa no local até a chegada da polícia, disseram as autoridades na sexta-feira (17).
O suspeito matou a tiros Walter Rainey, 84 anos, e Sarah Yeager, de 75 anos, durante o jantar de um pequeno grupo na Igreja Episcopal de Santo Estêvão em Vestavia Hills, nos arredores de Birmingham, disse a polícia.
A terceira vítima baleada, uma mulher de 84 anos cuja família pediu que seu nome não fosse revelado, morreu na sexta-feira (17) em um hospital, segundo a polícia de Vestavia Hills.
O suspeito frequentava a igreja e estava no jantar quando sacou uma arma e começou a atirar. Alguém no evento “dominou o suspeito e o segurou até a chegada da polícia”, disse Ware, que afirmou que a polícia foi chamada às 18h22.
“A pessoa que o deteve é um herói”, disse Ware.
Os investigadores acreditam que o suspeito agiu sozinho e estão tentando determinar o motivo do crime.
O tiroteio é o mais recente em uma casa de culto nos EUA e ocorreu na véspera do sétimo aniversário do massacre na Igreja Episcopal Metodista Africana Emanuel em Charleston, Carolina do Sul, na sexta-feira.
Um tiroteio em massa no mês passado em um culto em uma igreja de Taiwan no sul da Califórnia – juntamente com tiroteios em massa em uma escola primária no Texas e em um supermercado de Nova York – atraíram mais atenção política para a violência armada. Um grupo bipartidário de senadores anunciou um acordo de princípio para a legislação de segurança de armas que abordaria recursos de saúde mental, segurança escolar e acesso a armas de fogo.
‘Pilares da nossa comunidade’, diz reitor sobre três vítimas.
O ataque de quinta-feira aconteceu durante uma reunião do grupo “Boomers” da igreja, e as três vítimas eram paroquianos, disse o reverendo John Burruss em uma carta à comunidade da igreja .
“Esses são os pilares de nossa comunidade, e não consigo imaginar como isso é doloroso para toda a nossa igreja e para a comunidade em geral”, escreveu Burruss, o reitor da igreja.
Uma vigília de oração foi marcada para o final da manhã de sexta-feira na Igreja Episcopal de São Lucas, nas proximidades.
O ex-senador Doug Jones mora no bairro onde a igreja está situada. O tiroteio é impressionante e trágico, disse ele a Nadia Romero, da CNN, na sexta-feira.
“Isso mostra que nenhuma comunidade está imune a esse tipo de violência armada que vemos ocorrendo em todo o país. Ninguém está imune”, disse Jones, democrata que representou o Alabama de janeiro de 2018 a janeiro de 2021.
“Foi de partir o coração … estar em atividades nesta igreja. Vivemos neste bairro … 27 anos agora, e é apenas algo que realmente atinge a todos”, disse ele.
A comunidade precisa ser edificada na cura através da oração e da unidade, disse o reverendo Kelley Hudlow, missionário para a formação do clero da Diocese Episcopal do Alabama, à afiliada da CNN WVTM .
“Estamos orando por cura e segurança para todos aqueles que foram afetados, e também sabendo que isso é uma coisa traumática que aconteceu com nossa comunidade, não apenas nossa igreja, mas esta comunidade aqui”, disse Hudlow. “O que precisamos é que essa comunidade faça o que é realmente bom, que é se unir para apoiar uns aos outros”.
Os membros da igreja se reuniram para um círculo de oração em Vestavia na noite de quinta-feira após o tiroteio em Santo Estêvão.
Na noite de quinta-feira, os membros da igreja ficaram em círculo, de mãos dadas, e oraram em um estacionamento próximo, informou a afiliada da CNN WBRC .
A governadora do Alabama, Kay Ivey, enviou suas condolências.
“Fico feliz em saber que o atirador está sob custódia”, disse Ivey. “Isso nunca deveria acontecer – em uma igreja, em uma loja, na cidade ou em qualquer lugar. Continuamos monitorando de perto a situação.”
Raja Razek, Jade Gordon, Andy Rose e Aya Elamroussi da CNN contribuíram para esta reportagem.