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    Terceira reunião tem “pequeno avanço” sobre corredores humanitários, diz Ucrânia

    Rússia diz que "é cedo para falar sobre algo positivo"; guerra avança pelo 12° dia

    Tiago Tortellada CNN

    A terceira rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia terminou com “pequenos desenvolvimentos positivos” quanto à questão dos corredores humanitários para saída de refugiados e chegada de suprimentos a algumas cidades, segundo os negociadores ucranianos.

    Mesmo assim, ainda de acordo com os ucranianos, as conversas não levaram a um resultado que “melhore significativamente a situação”. Os dois lados continuarão as negociações sobre um cessar-fogo, disse o negociador Mykhailo Podolyak em um comunicado em vídeo.

    Segundo a mídia estatal russa, as negociações se iniciaram por volta de 12h20 desta segunda-feira (7), no horário de Brasília, em Belarus.

    A agência de notícias Reuters informou que integrantes da delegação russa esperam que as novas tentativas para realizar os corredores humanitários sejam feitas em breve, mas que não há perspectiva de que novas conversas selem o fim da guerra.

    O negociador russo Vladimir Medinsky afirmou que as negociações “não são fáceis” e “é muito cedo para falar sobre algo positivo”.

    Conversas anteriores aconteceram nos dias 28 de fevereiro e 3 de março, mas não houve acerto para um cessar-fogo permanente.

    Após as duas rodadas, foi definido um corredor humanitário e suspensão das hostilidades temporariamente em algumas cidades cercadas pela Rússia, como Mariupol, no Sul da Ucrânia, para que refugiados pudessem sair e suprimentos para os moradores fossem entregues.

    A medida, porém, falhou nas três tentativas realizadas, no sábado, domingo e segunda, com os ucranianos acusando o exército russo de continuar os bombardeios na região.

    O principal negociador russo, Vladimir Medinsky, disse que os dois lados discutiriam “as mesmas questões, acordos políticos, questões humanitárias internacionais e acordos militares” que as conversas da semana passada, incluindo as rotas de evacuação.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    (*Com informações da Reuters e da CNN Internacional) 

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