Tempestades matam pelo menos 30 pessoas na América Central
Constantes chuvas estão inundando rios, destruindo casas, provocando deslizamentos de terra e isolando comunidades inteiras
Pelo menos 30 pessoas morreram e milhares foram forçadas a sair de suas casas enquanto tempestades e fortes chuvas continuam a atingir a América Central, de acordo com autoridades locais.
As autoridades de El Salvados disseram nesta sexta-feira (21) que o número de mortos chegou a 19 pessoas, incluindo seis crianças. Mais de 3 mil pessoas permanecem em abrigos temporários.
“Devemos salvar a vida das pessoas”, disse Luis Amaya, que dirige a agência de proteção civil de El Salvador, a repórteres. “Bens materiais vêm e vão, mas agora devemos nos concentrar em proteger vidas”, acrescentou.
As autoridades de Guatemala relataram 10 mortes nesta sexta-feira (21). Segundo contagem, quase 11 mil pessoas tiveram que sair da região, e perto de 380 ainda estão em abrigos temporários. Há 300 danos graves e quatro pontes destruídas no país.
Enquanto isso, Honduras relatou 1 morte e mais de 1.200 desabrigadas – cerca de 300 nas últimas 24 horas. As autoridades disseram que as chuvas isolaram 180 comunidades e destruíram 22 casas.
No México, as autoridades preveem chuvas fortes na maior parte do país e chuvas torrenciais em seções das costas do Pacífico e do Atlântico. Regiões do interior também sentiram impacto com raios, ventos fortes, possível granizo e inundações ao redor dos rios.
As chuvas levaram as autoridades a retirar cerca de 80 pessoas de um hospital infantil no estado mexicano de Oaxaca na quinta-feira (20).
Contudo, o fenômeno também foi um reabastecimento bem-vindo aos reservatórios atingidos pela seca em todo o país, atualmente com cerca de um terço da sua capacidade.
Autoridades mexicanas alertaram sobre velocidades de vento de até 70 km por hora e ondas de até 3 metros ao redor das costas do Golfo e do Caribe.
As chuvas foram devidas a canais de baixa pressão interagindo entre si em grande parte do país, assim como um vale de monções que atraiu o ar úmido do oceano desde o Pacífico Norte, disse o Centro Nacional de Furacões americano.
Os eventos no México foram impulsionado pelos remanescentes da Alberto, a primeira tempestade tropical nomeada da temporada de furacões no Atlântico.
Alberto causou pelo menos quatro mortes ao passar pelo nordeste mexicano esta semana.
O Centro Nacional de Furacões dos EUA previu que as fortes chuvas continuariam no sul do México e no norte da América Central, trazendo tempestades até o sul, como na Costa Rica e no Panamá, no fim de semana.