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    Temperaturas sobem enquanto França enfrenta pior seca já registrada no país

    Expectativa é que as temperaturas atinjam os 37ºC no sudoeste francês antes que o ar quente se espalhe para o norte

    Richard Loughda Reuters

    A França se preparou neste domingo (7) para uma quarta onda de calor durante o verão do Hemisfério Norte, enquanto a pior seca já registrada no país deixou vilarejos sem água potável e os agricultores alertam para uma iminente escassez de leite no inverno.

    O gabinete da primeira-ministra Elisabeth Borne montou uma equipe de crise para enfrentar a seca, que forçou dezenas de vilarejos a depender de entregas de água por caminhão, levou a estatal EDF a reduzir a produção de energia nuclear e estressou as colheitas.

    Espera-se que as temperaturas atinjam 37ºC no sudoeste no domingo, antes que o ar quente se espalhe para o norte no início da semana.

    “Esta nova onda de calor provavelmente se estabelecerá”, disse La Chaine Meteo, semelhante ao serviço de cabo americano The Weather Channel.

    A agência meteorológica nacional Meteo France disse que foi a pior seca desde que os registros começaram em 1958, e que a seca deve piorar até pelo menos meados do mês. Em média, menos de 1 cm de chuva caiu na França em julho.

    A colheita de milho deve ser 18,5% menor este ano em comparação com 2021, segundo o Ministério da Agricultura, ao mesmo tempo em que os europeus enfrentam preços mais altos dos alimentos como resultado das exportações de grãos abaixo do normal pela Rússia e a Ucrânia.

    Enquanto isso, a escassez de forragem por causa da seca significa que pode haver escassez de leite nos próximos meses, disse a Federação Nacional dos Sindicatos dos Agricultores.

    A operadora nuclear EDF reduziu na semana passada sua produção de energia em uma usina no sudoeste da França devido às altas temperaturas do rio Garonne, e emitiu alertas contínuos para reatores ao longo do rio Ródano.

    O clima quente agravou os problemas da concessionária, com problemas de corrosão e manutenção estendida em metade de seus 56 reatores, reduzindo a capacidade enquanto a Europa enfrenta uma crise de energia.

    Restrições de água estão em vigor em quase toda a França continental para economizar água, incluindo em muitos lugares a proibição de mangueiras e irrigação.

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