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    Tanques israelenses avançam em Rafah e forçam população a fugir novamente

    Cidade ao sul da Faixa de Gaza abrigava metade dos moradores do enclave palestino

    Nidal al-Mughrabida Reuters Cairo

    Tanques israelenses apoiados por aviões de guerra e drones avançaram mais profundamente na parte oeste da cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, nesta quarta-feira, matando oito pessoas, de acordo com moradores e médicos palestinos.

    Os moradores disseram que os tanques entraram em cinco bairros depois da meia-noite. Segundo eles, fortes bombardeios e tiros atingiram barracas das famílias deslocadas na área de Al-Mawasi, mais a oeste do enclave costeiro.

    Após cerca de oito meses de guerra, não há sinal de trégua nos combates, e os esforços dos mediadores internacionais, apoiados pelos Estados Unidos, até agora não conseguiram persuadir Israel e o Hamas a concordar com um cessar-fogo.

    As forças israelenses devastaram grande parte de Gaza e tomaram a maior parte do território palestino, mas ainda não atingiram seu objetivo declarado de exterminar o Hamas e libertar os reféns israelenses.

    Os médicos e a mídia do Hamas disseram que oito palestinos foram mortos em Al-Mawasi e que muitas famílias fugiram para o norte em pânico. Eles não identificaram as vítimas fatais e os militares israelenses disseram que estavam analisando o relato.

    Segundo moradores, as forças do Exército israelense explodiram várias casas no oeste de Rafah, que abrigava mais da metade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza antes do mês passado, quando Israel iniciou sua ofensiva terrestre e forçou a maior parte da população a se dirigir para o norte.

    Alguns números das Nações Unidas e dos palestinos estimam que menos de 100.000 pessoas permaneceram em Gaza.

    “Outra noite de horror em Rafah. Eles abriram fogo de aviões, drones e tanques nas áreas ocidentais para cobrir sua invasão”, disse um morador de Rafah, que pediu para não ser identificado.

    “Balas e projéteis caíram na área de Mawasi, perto de onde as pessoas dormiam, matando e ferindo muitos”, afirmou ele à Reuters por meio de um aplicativo de mensagem.

    A campanha terrestre e aérea de Israel foi desencadeada quando militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e capturando mais de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.

    A ofensiva deixou Gaza em ruínas, matou mais de 37.400 pessoas, segundo autoridades de saúde palestinas, e deixou grande parte da população sem teto e sem recursos.

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