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    Talibã se reúne com o ex-presidente afegão Karzai e outras figuras importantes

    Delegação incluía o presidente do Conselho Superior para Reconciliação Nacional no antigo governo, e Fazal Hadi Muslimyar, personalidade da política local

    Tim Lister, da CNN, na Espanha

     

    Uma delegação liderada por Anas Haqqani, da equipe de negociação do Talibã e figura-chave no grupo militante da rede Haqqani*, se reuniu com figuras proeminentes não-talibãs em Cabul na quarta-feira (18), incluindo o ex-presidente Hamid Karzai.

    Fotografias distribuídas pelo Talibã mostraram que a delegação não pertencente ao grupo também incluía Abdullah Abdullah, presidente do Conselho Superior para Reconciliação Nacional no antigo governo, e Fazal Hadi Muslimyar, personalidade importante da província oriental de Nangahar.

    Não houve nenhuma declaraçõ até agora de nenhuma das partes sobre o resultado da reunião.

    Na segunda-feira (16), Karzai e Abdullah relataram ter “conversas frutíferas” com o Talibã.

    Os dois homens, junto com o ex-primeiro-ministro afegão e líder de guerra Gulbuddin Hekmatyar, formaram um “conselho coordenador” no domingo para facilitar o diálogo com o grupo islâmico.

    “[Abdullah, Hekmatyar] e eu continuamos nos esforçando para ter mais calma na cidade de Cabul e o retorno à vida diária normal; Se Deus quiser, esses esforços darão frutos”, disse Karzai em um vídeo no Facebook.

    Falando com Christiane Amanpour, da CNN, na segunda-feira, o porta-voz do escritório político do Talibã em Doha, Suhail Shaheen, disse que o grupo está comprometido com um “governo islâmico inclusivo” no Afeganistão, mas se recusou a dizer se Abdullah ou Karzai fariam parte dele.

    *A rede Haqqani, um grupo terrorista local que está alinhado com o Talibã e também com a Al Qaeda. De acordo com reportagens anteriores da CNN, a rede Haqqani é considerada por especialistas em segurança como uma das ameaças mais significativas à estabilidade no Afeganistão. Ele foi responsabilizado por vários ataques em grande escala no Afeganistão.

    (Texto traduzido. Leia o original em inglês.)