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    Talibã prepara novo gabinete de ministros com saída dos EUA do Afeganistão

    Segundo porta-voz, o grupo esperava que as fortes quedas da moeda e a turbulência econômica após a chegada do grupo a Cabul, duas semanas atrás, diminuíssem

    Combatentes do Talibã durante o "Dia da Independência do Afeganistão" na quinta-feira (19)
    Combatentes do Talibã durante o "Dia da Independência do Afeganistão" na quinta-feira (19) AP

    Reuters

    O Talibã disse neste sábado (28) que está preparando um novo gabinete, formado por ministros que supervisionam o país, enquanto o processo de evacuação dos EUA se aproxima do fim. Disse também que esperava que as fortes quedas da moeda e a turbulência econômica após a chegada do grupo a Cabul, duas semanas atrás, diminuíssem.

    Zabihullah Mujahid, o principal porta-voz do movimento, fez comentários à Reuters enquanto os militares dos EUA encerram sua missão de evacuar cidadãos americanos e afegãos vulneráveis ​​e retirar as tropas do aeroporto de Cabul antes do prazo de 31 de agosto estabelecido pelo presidente Joe Biden.

     

    Mujahid condenou um ataque noturno com drone dos EUA contra militantes do Estado Islâmico após o ataque suicida de quinta-feira perto do aeroporto como um “ataque claro ao território afegão”, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo Isis-K.

    Mas ele apelou aos Estados Unidos e outras nações ocidentais para que mantenham relações diplomáticas após sua retirada, que ele espera que seja concluída “muito em breve”.

    O momento exato da formação de um novo gabinete permaneceu obscuro. A Reuters originalmente citou Mujahid dizendo que o anúncio seria feito na próxima semana, mas em uma mensagem de voz depois, ele disse que a composição do novo gabinete seria limpa “em uma ou duas semanas”.

    Respondendo a uma pergunta sobre se alguma mulher seria incluída no novo gabinete, ele disse que essa seria uma questão para a liderança decidir e que ele não podia prever qual seria sua decisão.

    Há uma frustração crescente em Cabul com as severas dificuldades econômicas causadas pela queda da moeda e pelo aumento dos preços dos alimentos, com os bancos ainda fechados duas semanas após a queda da cidade para o Talibã.

    No sábado, um comunicado do Talibã disse que os bancos foram obrigados a reabrir com um limite semanal de saques de US$ 200 ou 20.000 afegãos.

    Mujahid disse que funcionários já foram nomeados para administrar instituições importantes, incluindo os ministérios da saúde pública e da educação e o banco central.

    Funcionários das Nações Unidas alertaram que o Afeganistão enfrenta uma catástrofe humanitária, com grande parte do país que sofre de condições de seca extrema.

    A economia, abalada após quatro décadas de guerra, também enfrenta a perda de bilhões de dólares em ajuda externa, após a retirada das embaixadas ocidentais do país.

    Mujahid disse que os problemas econômicos que estão ocorrendo serão amenizados assim que o novo governo entrar em vigor.

    “A queda do Afghani em relação à moeda estrangeira é temporária e devido à situação que mudou repentinamente, ela voltará ao normal assim que o sistema de governo começar a funcionar”, disse ele.