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    Talibã parabeniza Síria após rebeldes deporem regime de Bashar al-Assad

    “Expressamos a esperança de que o processo de transição de poder seja realizado de forma alinhada com as aspirações do povo sírio", diz trecho de comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Talibã

    Ehsan PopalzaiLauren Kentda CNN

    O Ministério das Relações Exteriores do Talibã parabenizou neste domingo (8) o povo sírio e as forças rebeldes, em particular Hayat Tahrir Al-Sham, que liderou a ofensiva rebelde, após a queda do regime do presidente Bashar al-Assad.

    O Afeganistão “parabeniza a liderança do movimento e o povo da Síria pelos desenvolvimentos recentes, que resultaram na remoção de fatores-chave que contribuem para o conflito e a instabilidade”, disse o Ministério das Relações Exteriores do Talibã.

    “Expressamos a esperança de que o processo de transição de poder seja realizado de forma alinhada com as aspirações do povo sírio, abrindo caminho para estabelecer um governo islâmico independente e orientado para o serviço, que priorize a reconciliação nacional, evite divisões e retribuição e adote uma política de anistia geral para promover a unidade entre todos os sírios”, complementou o comunicado.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais – da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia – se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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