Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Taiwan relata a maior incursão da Força Aérea da China desde o ano passado

    No total, 28 caças e bombardeiros chineses sobrevoaram a parte sudoeste da ilha autônoma; Taipei tem relatado repetidas missões da China em seu território

    Um caça a jato J-16 chinês é visto nesta imagem sem data fornecida pelo Ministério da Defesa de Taiwan
    Um caça a jato J-16 chinês é visto nesta imagem sem data fornecida pelo Ministério da Defesa de Taiwan Foto: Ministério da Defesa de Taiwan

    Reuters

    Vinte e oito aeronaves da força aérea chinesa, incluindo caças e bombardeiros com capacidade nuclear, entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan (ADIZ) nesta terça-feira (15), disse o governo da ilha. Segundo informações, esta é a maior incursão relatada até agora.

    Embora não tenha havido nenhum comentário imediato de Pequim, a notícia veio depois que os líderes do G7 emitiram uma declaração conjunta neste domingo (13), repreendendo a China por uma série de questões e ressaltando a importância da paz e da estabilidade em todo o Estreito de Taiwan. A China, no entanto, classificiou os comentários do grupo de líderes como “calúnia”. 

    Taiwan tem reclamado nos últimos meses de repetidas missões da Força Aérea da China perto da ilha autônoma, concentrada na parte sudoeste de sua zona de defesa aérea perto das ilhas Pratas, controladas por Taiwan.

    A última missão chinesa envolveu 14 caças J-16 e seis J-11, bem como quatro bombardeiros H-6, que podem carregar armas nucleares, aeronaves de guerra, disse o Ministério da Defesa de Taiwan.

    Foi a maior incursão diária desde que o ministério começou a relatar regularmente as atividades da Força Aérea Chinesa no ADIZ de Taiwan no ano passado, quebrando o recorde anterior de 25 aeronaves relatado em 12 de abril.

    O ministério acrescentou que aviões de combate taiwaneses foram despachados para interceptar e alertar os aviões chineses, enquanto sistemas de mísseis também foram implantados para monitorá-los.

    Os aviões chineses não apenas voaram em uma área próxima às ilhas Pratas, mas os bombardeiros e alguns dos caças voaram ao redor da parte sul de Taiwan perto da ponta da ilha, de acordo com um mapa fornecido pelo ministério.

    O Ministério da Defesa da China não respondeu a um pedido de comentário. No passado, a China descreveu essas missões como necessárias para proteger a soberania do país e lidar com o “conluio” entre Taipei e Washington.

    Os Estados Unidos, que como a maioria dos países não têm laços diplomáticos formais com Taiwan, observaram com alarme o aumento das tensões com Pequim.

    Ainda no início deste mês, os EUA enviaram um avião militar com 750 mil doses de vacinas para Taiwan. Pequim classificou a visita como “grande provocação” e “séria ameaça” já que o avião norte-americano pousou no aeroporto de Taipei. 

    A China descreve Taiwan como sua questão territorial mais sensível e que é uma linha vermelha que os Estados Unidos não deveriam cruzar. O país nunca renunciou ao possível uso da força para garantir uma eventual unificação. 

    (Reportagem de Ben Blanchard, edição de Raju Gopalakrishnan)