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    Suspeito de ataque em desfile em Chicago comprou arma legalmente, diz polícia

    Autoridades disseram que o criminoso planejou a ação durante várias semanas

    Por Eric Cox, da Reuters

    O suspeito de abrir fogo contra a multidão durante um desfile do Dia da Independência em um subúrbio de Chicago, nos Estados Unidos, comprou sua arma legalmente, disparou mais de 70 tiros a partir de um telhado e vestiu roupas femininas para se misturar às pessoas, disseram autoridades locais nesta terça-feira (5).

    O suspeito, Robert E. Crimo III, de 21 anos, foi detido na segunda-feira (4) pela polícia horas após o ataque no desfile no feriado de 4 de Julho em Highland Park, em Illinois, no qual seis pessoas foram mortas e mais de 30 ficaram feridas.

    Em uma coletiva de imprensa, autoridades de segurança disseram que ele havia planejado o ataque por várias semanas, e ainda estavam considerando quais acusações criminais apresentar contra ele. Não ficou claro de imediato se Crimo tinha um advogado.

    Autoridades disseram que não sabiam qual era o motivo para o ataque ocorrido em um local predominantemente judeu, mas afirmaram não ter evidências de que houvesse qualquer base antissemita ou racista.

    O suspeito usou um fuzil de alta potência no ataque, que ele deixou no local antes de se misturar à multidão e fugir para a casa de sua mãe. Uma razão pela qual ele usou roupas femininas foi esconder tatuagens faciais, disse a polícia.

    Ele também tinha um fuzil semelhante no carro de sua mãe, que ele estava dirigindo quando foi detido pela polícia na segunda-feira, e possuía outras armas em sua casa, todas compradas legalmente, disseram autoridades.

    A prefeita de Highland Park, Nancy Rotering, disse à NBC News sobre a “tristeza e o choque inacreditáveis” que a comunidade de 30 mil pessoas estava enfrentando.

    “Esta tragédia nunca deveria ter chegado à nossa porta”, disse ela. “Como uma cidade pequena, todo mundo conhece alguém que foi afetado diretamente por isso e, é claro, todos ainda estamos atordoados.”

    Apenas um dia antes, as ruas estavam enfeitadas em vermelho, branco e azul enquanto as famílias assistiam ao desfile anual.

    Quando o desfile começou pelo centro da cidade, a polícia disse que um atirador subiu ao telhado de uma empresa usando uma escada em um beco e, sem aviso, abriu fogo com um fuzil de assalto na multidão abaixo.

    Um general reformado de quatro estrelas, que não quis ser identificado, estava no meio da multidão quando o tiroteio começou. Ele disse à Reuters que pegou uma de suas netas e correu para a mercearia Sunset Foods do outro lado da rua.

    “Eles estavam morrendo de medo, eles não sabiam o que estava acontecendo”, afirmou, enquanto era levado às lágrimas. “Eu a coloquei contra o meu peito e ela disse à minha filha mais tarde que ‘o coração do vovô estava batendo forte’.”

    Os feridos tinham idades entre 8 e 85 anos, incluindo quatro ou cinco crianças, disse a polícia.

    O ataque acontece num momento em que episódios de violência com armas de fogo estão frescos nas memórias dos norte-americanos, depois de um massacre no dia 24 de maio matar 19 crianças em uma escola e duas professoras em Uvalde, no Texas, e do ataque de 14 de maio que matou 10 pessoas em um mercado em Buffalo, no Estado de Nova York.

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