Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Supostos observadores dos “referendos” russos na Ucrânia violam regras

    Especialistas entrevistados pela CNN consideram que os monitoras estão engajados em "ativismo político" pró-Rússia ao relatar que os plebiscitos são livres e justos

    Os estrangeiros, que a mídia estatal russa rotineiramente citam como observadores internacionais dos chamados referendos em quatro regiões da Ucrânia, estão violando vários princípios internacionais de observação eleitoral e estão engajados em nada mais do que “ativismo político”, disseram especialistas da área à CNN.

    “O que eles fazem não é observação eleitoral”, apontou Anton Shekhovtsov, que escreve relatórios sobre falsa observação eleitoral para a Plataforma Europeia para Eleições Democráticas (EPDE), uma ONG apoiada pela Alemanha e pela União Europeia, nesta terça-feira (27).

    “É uma atividade política que está apenas disfarçada de observação eleitoral.”

    A agência de notícias estatal russa TASS citou na semana passada os apontamentos do que chama de “observadores internacionais” como prova de que os chamados referendos realizados nas partes ocupadas das regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson são livres e justos.

    “Estando aqui, posso ver com meus próprios olhos que as pessoas estão votando voluntariamente”, disse um executivo de energia alemão, Stefan Schnaller, segundo a TASS, em um artigo publicado no sábado.

    Schnaller estava falando sobre a votação na região de Zaporizhzhia, na Ucrânia.

    A EPDE, que promove as melhores práticas para a condução de pleitos e monitoramento eleitoral, afirma que um monitor nunca deve usar apenas a sua experiência individual para julgar o andamento de uma eleição inteira.

    “Os observadores não podem avaliar adequadamente as eleições quando não são membros de uma missão de observação de longo prazo e quando fazem declarações públicas com base apenas em sua própria observação limitada”, explicou a EPDE.

    Schaller foi demitido “com efeito imediato” na segunda-feira (26) — dois dias após a publicação do artigo da TASS — por seu empregador, a empresa de energia alemã Energie Waldeck-Frankenberg (EWF).

    Em um comunicado, a EWF considerou que o comportamento de Schnaller “claramente viola a visão de mundo, os valores morais e a filosofia da empresa”.

    Tópicos