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    Superjumbo A380 testará motor experimental que visa reduzir emissões de carbono

    Testes de voo também têm objetivo de entender melhor a integração motor/asa e o desempenho aerodinâmico

    Maureen O'Hareda CNN

    O Airbus A380, o maior jato de passageiros do mundo, foi recrutado como demonstrador para testar a nova arquitetura de motor de ventilador aberto de ponta que pode ajudar a reduzir as emissões de carbono em até 20%.

    O projeto foi apresentado nesta terça-feira (20) pela Airbus e pela CFM International no Farnborough Air Show, nos arredores de Londres, uma exposição comercial anual que apresenta o que há de mais recente em inovação aeroespacial.

    É a mais recente inovação a ser testada no ar no “superjumbo” A380, que teve fortunas mistas nos últimos anos. A produção do tão amado avião foi interrompida em 2021 devido à falta de demanda.

    As aeronaves existentes foram aterradas pelas companhias aéreas durante a pandemia, apenas para desfrutar de um ressurgimento recente devido à demanda de viagens.

     

    A CFM, cujas empresas-mãe são a GE e a Safran Aircraft Engines, vem desenvolvendo tecnologias avançadas de propulsão como parte de seu programa de demonstração de Inovação Revolucionária para Motores Sustentáveis ​​(RISE).

    Agora, o objetivo é amadurecer e acelerar esse processo com uma campanha de testes de voo a bordo deste A380, que deve decolar na segunda metade desta década a partir das instalações de testes de voo da Airbus em Toulouse, na França.

    Antes que isso aconteça, a CFM realizará testes de solo do motor e validação de testes de voo no centro de operações de teste de voo da GE Aviation em Victorville, Califórnia.

    Os objetivos do programa de testes de voo são entender melhor a integração motor/asa e o desempenho aerodinâmico, demonstrar uma melhor eficiência de combustível que reduziria as emissões de CO2 em um quinto em comparação com os motores mais eficientes de hoje e garantir a compatibilidade com combustíveis de aviação 100% sustentáveis ​​(SAF).

    A indústria da aviação fez a promessa ambiciosa de atingir emissões líquidas de carbono zero até 2050 e essa nova tecnologia pode ajudar a apoiar isso.

    “As novas tecnologias de propulsão desempenharão um papel importante para alcançar os objetivos de zero líquido da aviação, juntamente com novos projetos de aeronaves e fontes de energia sustentáveis”, disse Sabine Klauke, diretora técnica da Airbus, em comunicado.

    O programa CFM RISE tem tudo a ver com expandir o envelope da tecnologia, redefinindo a arte do possível e ajudando a alcançar um crescimento mais sustentável a longo prazo para nossa indústria”, confirmou Gaël Méheust, presidente e CEO da CFM International.

    No início deste ano, a Airbus anunciou que testaria um motor experimental a hidrogênio em um A380 – outra parceria com a CFM International – com o objetivo de criar um avião de emissão zero até 2035.

     

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