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    Sudão aceita participar de mediação dos EUA para o fim da guerra civil

    Governo do país disputa controle do território com paramilitares das Forças de Apoio Rápido

    Khalid AbdelazizClauda Taniosda Reuters , Dubai

    O governo do Sudão disse que enviará uma delegação ao Cairo para discussões com os EUA e com autoridades egípcias na segunda-feira (19), mantendo em aberto a questão da participação nas conversações de paz destinadas a pôr fim a uma guerra civil que já dura 16 meses.

    O governo, controlado pelo exército que luta contra as Forças de Apoio Rápido (RSF) pelo controle do país, disse que não participaria nas conversações de paz na Suíça a menos que um acordo anterior alcançado em Jeddah fosse implementado.

    As negociações lideradas pelos EUA, nas quais a RSF participa, visam pôr fim à guerra devastadora que eclodiu em abril de 2023 e abordar a crise humanitária paralisante que deixou metade da população do Sudão de 50 milhões de pessoas enfrentando a insegurança alimentar.

    Um comunicado do Conselho Soberano de Transição, no poder, disse que a decisão de ir ao Cairo ocorreu após contatos com o enviado especial dos EUA e o governo egípcio, que é um observador nas negociações, e se limitou a discutir a implementação do acordo de Jeddah, sob o qual a RSF deixaria as áreas civis.

    Fontes governamentais de alto nível disseram à Reuters que o governo apresentou a sua visão sobre esse e outros tópicos aos mediadores dos EUA e da Arábia Saudita, e que a sua abordagem para futuras negociações se basearia na resposta deles.

    As fontes negaram relatos da mídia de que o governo já havia enviado uma delegação a Genebra.

    Outro ponto de discórdia para o exército é a presença dos Emirados Árabes Unidos, que acusa de apoiar a RSF, acusação que os EAU negam. Especialistas consideraram tais acusações críveis.

    Na quinta-feira (15), o exército antecipou-se a um tema-chave das negociações quando disse que permitiria que uma passagem de fronteira controlada pela RSF para Darfur fosse usada para entregas de ajuda.

    Um alto funcionário dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse que o chefe do Exército, Abdel Fattah al-Burhan, concordou com a abertura do diálogo durante um telefonema com o secretário de Estado, Antony Blinken, no dia anterior.

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