Submarinos mortais: relembre casos de desaparecimento ou acidentes
Entre naufrágios e explosões, incidentes com submarinos deixaram centenas de mortos nas últimas décadas
Um submarino com cinco pessoas a bordo, em expedição aos destroços do Titanic, desapareceu no início desta semana.
Na manhã desta quinta-feira (22), foi esgotado o prazo estimado pelas autoridades dos Estados Unidos para a duração do oxigênio no Titan. No entanto, o estado dos passageiros e a localização do submersível permanece desconhecida até o momento.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos lançou uma operação de busca e salvamento, na segunda-feira (19). A expedição começou com uma jornada de 740 quilômetros até o local do naufrágio, que fica a cerca de 1448 quilômetros da costa de Cape Cod, Massachusetts, nos EUA.
O empresário Hamish Harding é um dos passageiros, de acordo com um post de mídia social de sua empresa, Action Aviation.
Relembre outros incidentes envolvendo submarinos:
• Submarino KRI Nanggala-402 (2021)
Em abril de 2021, o submarino indonésio KRI Nanggala-402 foi encontrado rachado em pelo menos três partes. Todos os 53 tripulantes morreram.
As equipes de resgate encontraram objetos, incluindo um colete salva-vidas, que acreditam pertencer ao submarino de 44 anos que perdeu o contato enquanto se preparava para conduzir uma simulação de torpedo.
• Submarino argentino San Juan (2017)
Em 15 de novembro de 2017, o submarino argentino ARA San Juan naufragou na costa do país com 44 tripulantes. Ele foi encontrado a 900 metros de profundidade após mais de um ano de buscas, com o apoio de marinhas de outros países, mas nunca foi trazido à tona.
O San Juan era um submarino TR-1700 de fabricação alemã, com 66 metros de comprimento, que operou de 1985 até novembro de 2017, quando desapareceu dos radares durante o patrulhamento das águas argentinas.
Uma das principais hipóteses é que o submarino foi destruído por uma explosão interna causada por falhas técnicas.
• Submarino indiano Sindhurakshak (2013)
Em 14 de agosto de 2013, o submarino militar “INS Sindhurshak” foi destruído por uma explosão no estaleiro de Mumbai, no oeste da Índia, onde estava estacionado, matando todos os 18 tripulantes que estavam a bordo.
Comissionado em 1997, ele foi o nono de dez submarinos da classe Kilo da marinha indiana e era um navio de propulsão diesel-elétrico.
Este foi o pior acidente conhecido pela marinha Indiana em mais de 40 anos.
• Submarino russo Nerpa (2008)
Em 8 de novembro de 2008, pelo menos 20 pessoas morreram asfixiadas e outras 41 ficaram feridas por um vazamento de gás a bordo do submarino nuclear russo K-152 Nerpa, durante testes no Mar do Japão.
O acidente teria sido causado por um membro da tripulação que teria mexido em um sistema supressor de incêndio que ele pensava não estar funcionando – liberando gás freon em compartimentos do submarino.
Entre os mortos, estavam três militares e 17 civis que faziam parte dos estaleiros de construção naval de Vostok, Zvezda, Era e Amur.
Em 2011, o submarino foi alugado para a Marinha da Índia. Em 2012, foi oficialmente comissionado em serviço como INS Chakra.
• Submarino chinês Ming (2003)
Em 2 de maio de 2003, a agência chinesa de notícias Xinhua anunciou que um submarino de classe “Ming” registrou uma falha mecânica que causou a morte dos 70 membros de sua tripulação durante exercício na província de Shandong.
A embarcação foi recuperada e rebocada para um porto não identificado, onde foi identificada a causa do acidente: sufocamento de toda a tripulação.
Isso teria acontecido após uma falha causar o fechamento do mecanismo de ventilação do submarino, que não possuía nenhum tipo de instrumento para detectar baixos níveis de oxigênio.
• Submarino russo Kursk (2000)
O Kursk (K-141) foi um submarino nuclear da Classe Oscar II da Marinha da Rússia que afundou no Mar de Barents em 12 de agosto de 2000, com uma tripulação de 118 homens.
Duas explosões teriam causado o naufrágio do Kursk — a primeira delas, com magnitude de 1,5 na escala de Richter — em águas relativamente rasas a uma profundidade de 108 metros.
Apesar de 23 marinheiros terem sobrevivido à explosão após se trancarem em um compartimento do submarino, eles não foram resgatados a tempo de serem salvos.