Submarino desaparecido tem condições de manter passageiros a salvo, diz especialista
Turistas eram levados para conhecer o Titanic quando desapareceram nesta segunda-feira; explorador que já realizou a viagem afirma que alta tecnologia do veículo permite manter seus ocupantes vivos por várias horas
Um especialista no naufrágio do Titanic e experiente mergulhador submersível expressou esperança na segunda-feira (19) por um resultado positivo na busca por um submarino de turismo desaparecido explorando o local.
Larry Daley é um historiador do Titanic que certa vez passou 12 horas visitando os destroços de um submarino. Ele disse estar “esperançoso” pela embarcação desaparecida por causa do equipamento de alta tecnologia que pode manter os passageiros vivos por várias horas.
Um submarino em uma expedição de turismo para explorar os destroços do Titanic desapareceu na costa sudeste do Canadá, de acordo com a empresa privada que opera a embarcação.
A OceanGate Expeditions disse em um breve comunicado na segunda-feira que estava “mobilizando todas as opções” para resgatar as pessoas a bordo do navio. Não ficou imediatamente claro quantas pessoas estavam desaparecidas.
A Guarda Costeira dos EUA lançou uma operação de busca e salvamento nesta segunda-feira (19). A empresa que conduz a viagem, Oceangate Expeditions, disse que está “explorando e mobilizando todas as opções para trazer a tripulação de volta com segurança”.
“Todo o nosso foco está nos tripulantes do veículo submersível e suas famílias. Estamos profundamente gratos pela extensa assistência que recebemos de várias agências governamentais e empresas de alto mar em nossos esforços para restabelecer o contato com o submersível”, disse o grupo.
O submarino comporta até cinco pessoas, diz a empresa em seu site. Não ficou imediatamente claro quantas pessoas estavam a bordo.
Naufrágio histórico
O Titanic atingiu um iceberg em sua viagem inaugural e afundou no Oceano Atlântico Norte em abril de 1912, matando mais de 1.500 pessoas. Os destroços do Titanic, descobertos em 1985, estão divididos em duas partes no fundo do oceano, cerca de 13.000 pés abaixo da superfície, a sudeste da província canadense de Newfoundland.
Mais recentemente, passeios privados caros foram oferecidos aos turistas, permitindo que as pessoas vissem os destroços de perto.
Uma versão arquivada do site da OceanGate, acessível por meio do Wayback Machine, mostra o que os passageiros podem gastar até US$ 250 mil na viagem, equivalentes a R$ 1,192 milhão.
“Siga os passos de Jacques Cousteau e torne-se um explorador subaquático — começando com um mergulho nos destroços do RMS Titanic. Esta é sua chance de sair da vida cotidiana e descobrir algo verdadeiramente extraordinário”, diz o site. “Torne-se um dos poucos a ver o Titanic com seus próprios olhos”, acrescenta.
A expedição de oito dias é baseada na cidade de St. John’s, Newfoundland. A viagem começa com uma jornada de 400 milhas náuticas até o local do naufrágio.
Lá, até cinco pessoas, incluindo um piloto, um “especialista em conteúdo” e três passageiros pagantes embarcam no submersível “Titan” e descem até o fundo do oceano.
“Assim que o submersível for lançado, você começará a ver formas de vida zunindo pela janela de visualização enquanto você afunda cada vez mais fundo no oceano. A descida leva aproximadamente duas horas, mas parece um piscar de olhos”, disse o site.
(Publicado por Fábio Mendes, com informações da CNN e da Reuters)