SpaceX lança foguete com 4 astronautas rumo à estação espacial; veja fotos
O objetivo da missão é estudar "chips de tecido", uma tecnologia que gera pequenos modelos de órgãos humanos
A espaçonave SpaceX Crew Dragon foi lançada ao espaço na manhã desta sexta-feira (23) com 4 astronautas a bordo rumo a Estação Espacial Internacional. Este é o terceiro voo tripulado da empresa de Elon Musk e o primeiro da SpaceX.
A jornada começou no Kennedy Space Center, em Cabo Carnaveral, na Flórida, quando eles embarcaram em um dos foguetes Falcon 9 de 60 metros da SpaceX.
O objetivo da missão é estudar “chips de tecido”, uma tecnologia que gera pequenos modelos de órgãos humanos contendo vários tipos de células que se comportam da mesma forma que no organismo.
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A tripulação é formada por pesquisadores de três países diferentes. Thomas Pesquet representa a Agência Espacial Europeia; os norte-americanos Meghan McArthur e Shane Kimbrough, da Nasa, e Akihiko Hoshide, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão.
O Crew Dragon deve atracar na estação por volta das 5h10 de sábado. Quando isso ocorrer, Kimbrough, McArthur, Pesquet e Hoshide se juntarão a sete astronautas que já estão no local, quatro dos quais chegaram em uma cápsula diferente do SpaceX Crew Dragon em novembro.
Ao todo, serão 11 astronautas na estação, uma das maiores tripulações que ela já hospedou. Mas esse número cairá para sete quando deles voltarem para a casa em 28 de abril.
A Nasa passou mais de uma década trabalhando para aumentar o pessoal a bordo da ISS depois que a aposentadoria de seu programa do ônibus espacial, em 2011, deixou a espaçonave russa Soyuz como a única opção para levar astronautas. Os Estados Unidos vinham pagando à Rússia até US$ 90 milhões (R$ 491 milhões) por assentos nessas viagens.
Durante anos, a SpaceX trabalhou sob um contrato de preço fixo de US$ 2,6 bilhões (R$ 14,2 bilhões) para desenvolver sua espaçonave Crew Dragon sob o programa Nasa’s Commercial Crew, que pela primeira vez na história da agência entregou a tarefa de construir e testar uma espaçonave digna de uma tripulação para o setor privado.
Acompanhamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, acompanhou pelas redes sociais o lançamento do foguete e analisou as especificidades técnicas da missão.
Durante a transmissão, Pontes foi informado pela equipe do ministério que a liga do material que forma a carcaça do foguete da SpaceX é composta por nióbio, um elemento químico metálico cuja extração é amplamente defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“O nióbio tem uma série de ligas interessantes e o Brasil é um dos maiores produtores de nióbio do planeta”, afirmou o ministro. O Brasil possui cerca de 90% do mercado de nióbio do mundo.
O ministro ainda citou a importância da atuação política para garantir o fomento ao desenvolvimento de tecnologias que impulsionem o programa espacial brasileiro. Pontes mencionou uma conversa com o senador e astronauta norte-americano, John Gleen, em que foi orientado a seguir na carreira política para conseguir realizar os projetos que julga necessários para o país.
(Com informações de Jacki Wattles, da CNN Business)
