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    Social-democratas no poder da Suécia decidirão sobre a OTAN em 15 de maio

    Maior partido do país pode alterar posição histórica dos escandinavos após invasão russa à Ucrânia

    Magdalena Andersson, primeira-ministra da Suécia
    Magdalena Andersson, primeira-ministra da Suécia REUTERS

    Simon Johnsonda Reuters

    Estocolmo

    O governo socialdemocrata no poder da Suécia decidirá em 15 de maio se derrubará décadas de oposição à adesão à Otan, disse o partido nesta segunda-feira (9), uma medida que quase certamente levaria a Suécia a pedir para se juntar à aliança de 30 países.

    A invasão da Ucrânia pela Rússia provocou um repensar urgente da política de segurança na Suécia e na Finlândia. O presidente finlandês, Sauli Niinisto, deve anunciar nesta semana seu apoio a um pedido de adesão ao bloco militar.

    O anúncio de Niinisto, em 12 de maio, desencadearia o que provavelmente seriam duas semanas agitadas durante as quais o mapa da arquitetura de segurança do norte da Europa poderia ser redesenhado.

    “Qual será a decisão ainda não foi decidida hoje”, disse o secretário do Partido Social Democrata, Tobias Baudin, à rádio sueca SR. “Nossa mensagem é que em 15 de maio haverá uma decisão para a liderança do partido tomar uma posição.”

    Os social-democratas – o maior partido da Suécia nos últimos 100 anos – estão realizando três reuniões digitais do partido esta semana para avaliar a opinião dos membros sobre a adesão à Otan antes da decisão final da liderança no fim de semana.

    Enquanto isso, o parlamento está realizando uma revisão paralela da política de segurança de todos os partidos, que deve ser divulgada em 13 de maio.

    “Quero colocar isso na mesa antes de tomar uma decisão”, disse a primeira-ministra Magdalena Andersson em um debate sobre a Otan na TV sueca no domingo.

    Um pedido formal de adesão à Otan poderia ser feito na cúpula da aliança em junho em Madri e provavelmente será acelerado, embora a obtenção das assinaturas de todos os 30 membros da aliança possa levar até um ano.

    O não-alinhamento militar tem sido um alicerce político para muitos suecos e, embora o apoio à adesão à Otan tenha crescido acentuadamente com pesquisas nos últimos meses mostrando uma clara maioria a favor – muitos ainda permanecem indecisos.

    A decisão de buscar a adesão à Otan certamente irritaria Moscou, que ameaçou colocar armas nucleares em Kaliningrado, do outro lado do mar da Suécia.

    Os partidos Esquerda e Verde rejeitaram os pedidos de adesão, enquanto o resto da oposição quer seguir em frente.

    “Pergunte à Ucrânia se eles prefeririam estar na Otan”, disse Ulf Kristersson, líder dos Moderados, o maior partido da oposição, durante o debate da Otan.

    “Temos que buscar proteção comum junto com outras democracias e defender nossos valores comuns.”