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    Sob ameaça chinesa, presidente de Taiwan promete defender “valores democráticos”

    Lai Ching-te, que assumiu governo no início da semana, é visto como separatista por Pequim

    Seham Elorabyda Reuters

    O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, disse na quinta-feira (23) que continuará a defender os valores da liberdade e da democracia diante de “desafios e ameaças externas”.

    Lai fez os comentários a oficiais militares enquanto visitava um acampamento militar na cidade de Taoyuan, no norte, no mesmo dia em que a China lançou exercícios ao redor de Taiwan.

    A China vai realizar, nos próximos dois dias, exercícios de “punição” a Taiwan, no que Pequim disse ser uma resposta a “atos separatistas”, enviando aviões de guerra fortemente armados e realizando ataques simulados ao mesmo tempo em que a mídia estatal denuncia o recém-empossado presidente Lai Ching-te.

    Os exercícios, no Estreito de Taiwan e no entorno de ilhas taiwanesas que ficam próximas à costa chinesa, acontecem apenas três dias depois da posse de Lai, um homem que Pequim denuncia ser um “separatista”.

    A China afirma que Taiwan é parte do próprio território e denunciou recentemente o discurso de posse de Lai na segunda-feira (20), no qual ele apelou ao país vizinho para parar com as suas ameaças e disse que os dois lados do estreito “não tinham uma relação de subordinação”.

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