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    Sírios comparam queda de Assad com a do Muro de Berlim

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia

    Da Reuters

    Comparando o evento à queda do Muro de Berlim, sírios em Berlim tomaram as ruas neste domingo (8) para celebrar a destituição de Bashar al-Assad, após rebeldes tomarem Damasco.

    “Este dia de hoje, ontem à noite (7), tem o mesmo significado da queda do Muro de Berlim”, disse o sírio Ahmed. “Isso é liberdade para nós.”

    Outro sírio também expressou sua alegria em ver Assad fora do poder. “Estamos muito felizes que al-Assad se foi para sempre. Estamos muito felizes que os sírios finalmente tenham a liberdade de decidir seu futuro e de retornar ao seu país”, afirmou Naif Nayoud.

    Hala, uma síria que vive em Berlim há oito anos, disse que era difícil descrever o que sentia. “Os sentimentos são incríveis, não conseguimos acreditar. Estamos tentando acreditar que é verdade, depois de 12 anos de tanto sofrimento. Nossas famílias estão muito felizes”, declarou.

    A Alemanha abriga quase meio milhão de refugiados sírios que deixaram o país ao longo da guerra civil, que já dura mais de uma década.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais – da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia – se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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