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    Setor público francês pode entrar em greve durante Olimpíadas de Paris, diz sindicato

    Trabalhadores pressionam por aumento de salário e melhores condições, como moradia perto dos Jogos Olímpicos

    Vista de Paris
    Vista de Paris 19/06/2023REUTERS/Stephanie Lecocq

    Dominique VidalonStephane Brosseda Reuters

    Os trabalhadores do setor público, incluindo funcionários de hospitais, poderão entrar em greve durante os Jogos Olímpicos de Paris, a menos que as reivindicações sobre salários e condições sejam atendidas, disse o sindicato CGT da França nesta quinta-feira (7).

    A diretora do CGT, Sophie Binet, afirmou à rádio Franceinfo que o sindicato apresentaria um aviso de greve no início do próximo mês.

    “Queremos que o governo tome medidas imediatas para garantir o sucesso dos Jogos Olímpicos, para os quais o CGT vem trabalhando há anos. Para isso, nossos avisos precisam ser ouvidos”, disse Binet.

    “Estamos dizendo a mesma coisa há meses e ninguém se importa. Isso está começando a ficar cansativo”, acrescentou.

    Binet citou a necessidade de abordar e resolver questões que vão desde a compensação justa dos trabalhadores por horas extras e a desistência de planos de férias até a busca de creches extras e o pagamento de moradia na região de Paris durante os Jogos, quando se espera que os custos de acomodação sejam muito altos.

    A partir do final de julho – no meio da temporada de férias nacionais – as Olimpíadas provavelmente aumentarão a pressão sobre a força de trabalho de Paris, que já está sobrecarregada por ameaças crescentes à segurança e falta crônica de pessoal nos hospitais e na rede de transporte.

    O ministro do Interior da França ofereceu aos policiais bônus de até 1.900 euros para trabalharem durante os Jogos.

    “Por que os outros trabalhadores do setor público não podem ter os mesmos bônus?…Existe uma hierarquia entre a polícia e os trabalhadores dos hospitais?”, disse Binet.

    “Como você acha que os hospitais funcionarão durante os Jogos? São esperados milhões de visitantes extras em Paris e não há recursos adicionais alocados para os hospitais da região de Paris”, acrescentou ela.