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    Sessão para nova Constituição chilena é marcada por protestos e marchas

    Abertura da redação da nova Constituição é marcada por manifestações e confrontos entre constituintes e policiais

    Da CNN Chile

    A primeira sessão para a redação da nova constituição chilena, marcada para este domingo (4), movimentou a cidade de Santiago com manifestações de povos nativos e a paralisação da sessão no Congresso, após discussão entre os constituintes. 

    O grupo de 115 constituintes tem um prazo de nove a 12 meses para formular o texto que deverá substituir a Constituição antiga, a Carta Magna, herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). As alterações propostas deverão ser aprovadas por ao menos dois terços dos integrantes, número que, se não alcançado, anula a proposta e mantém a legislação atual.

    Mas logo após o início da sessão, um grupo de constituintes, principalmente da Lista del Pueblo (chapa de esquerda) e setores relacionados, se recusou a se sentar para iniciar o ato e lançou gritos de “chega de repressão”. Isso se deveu ao fato de que ao arredores do antigo Congresso, em Santiago, ocorreram manifestações que foram dispersas por grupos das Forças Especiais Carabineros – a polícia chilena.

    Apesar do conflito, o hino nacional começou a ser tocado no local e os representantes do Chile Vamos (centro e centro-direita) começaram a cantá-lo com uma bandeira unida.

    Ao mesmo tempo, membros do primeiro grupo continuaram com seus protestos.

    Desta forma, os constituintes eleitos sustentaram que não continuariam com a tomada de posições se as ações das forças da ordem pública fossem mantidas: “Se a repressão não parar, nós vamos”, disseram.

    Manifestações na capital chilena

    Antes do início da sessão, povos mapuche realizaram uma marcha que começou desde o morro Santa Lucía, em Santiago, em direção ao antigo Congresso, o Palácio Pereira, local da constituinte.

    Estiveram presentes no ato as constituintes eleitas Francisca Linconao, Natividad Llanquileo e Elisa Loncón, um dos nomes propostos para presidir ao órgão que elaborará a nova Constituição.

    Por sua vez, os representantes do povo quechua, Wilfredo Bacián Delgado e Thelma Ramos Mamani, reuniram-se na Plaza de Armas de Santiago para uma cerimônia.

    Representantes do povo aimará se reuniram fora do Palácio Pereira, no centro de Santiago, para realizar o seu próprio rito.