“Será uma batalha bastante sangrenta”, diz especialista sobre invasão à Kiev
Presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED), Eduardo Svartman, falou à CNN, sobre possível ataque da Rússia à capital ucraniana
O presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED), Eduardo Svartman, falou à CNN, nesta quinta-feira (3), sobre um possível ataque da Rússia à capital ucraniana Kiev. De acordo com o especialista, a expectativa é de que a cidade seja o próximo alvo das forças militares comandadas pelo presidente russo Vladimir Putin.
“O que se vislumbra agora nos próximos dias é a preparação pra a tomada de Kiev, a invasão da capital, e se acontecer, essa vai ser uma batalha bastante sangrenta, bastante brutal. Quanto menos população civil estiver na cidade, melhor para os russos e para essas pessoas também”, disse o presidente da ABED.
“Podem atacar de forma menos seletiva, já que a estratégia ucraniana foi recuar para o ambiente urbano e ali organizar suas defesas”, acrescentou.
O prefeito da cidade ucraniana de Energodar, Dmytro Orlov, afirmou que um ataque promovido pelas tropas russas provocou um incêndio na usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior desse tipo em toda a Europa. O ataque teria ocorrido nas primeiras horas da manhã de sexta-feira (4) no horário local (por volta de 21h de quinta, dia 3, pelo horário de Brasília).
O entrevistado destacou a força ucraniana, considerando que é um país grande e com 40 milhões de habitantes, o que torna o ataque da Rússia uma tarefa não tão facilitada.
“A Rússia não é uma supor potência – tem potencia nuclear – mas tem limitações: limitações logísticas, de treinamento. A Ucrânia não é um país pequeno, é um país com mais de 40 milhões de habitantes, um dos maiores países da Europa. Eu ficaria mais surpreso se em menos de uma semana a Rússia tomasse a Ucrânia, um país de 40 milhões de habitantes em pleno século XXI. Isso é um ponto, não achar que em questão de horas se toma um país de 40 milhões de habitantes”, afirmou.
Apesar da guerra “violenta e brutal”, Eduardo Svartman considera que ter os canais de comunicação abertos – entre os dois países – ainda pode ser um fator positivo. A Rússia e a Ucrânia mantém aberta a possibilidade de negociações.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira (2) que a Rússia reconheceu o presidente Volodymyr Zelensky como líder da Ucrânia e saudou como um “passo positivo” o fato de Zelensky querer receber garantias de segurança.
“Apesar a brutalidade e violência da guerra em curso, é um sinal positivo que canais de comunicação ainda estejam abertos”, avaliou Svartman.
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Manifestantes seguram placas com mensagens como "Pare a Guerra" e "Estamos com a Ucrânia" em um protesto em Munique, na Alemanha, no dia 3 de março de 2022 • Felix Hörhager/picture alliance via Getty Images
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Ucranianos, vivendo em Istambul na Turquia, juntam-se para protestar contra os ataques da Rússia à Ucrânia. Os manifestantes traziam cartazes com dizeres como "Vida Longa à Ucrânia" e "Sem Guerra" • Mehmet Eser/Anadolu Agency via Getty Images
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Protestos da Associação Democrática de Todos os Estudantes da Índia, levando cartazes e imagens de Vladimir Putin e Joe Biden com críticas à guerra entre a Rússia e a Ucrânia • Jit Chattopadhyay/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Participantes da manifestação em Wesel, Alemanha, levantam cartazes. A organização Fridays For Future marchou em diversas cidades no dia 3 de março de 2022 contra a invasão russa da Ucrânia
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Manifestantes mostram apoio à Ucrânia em frente ao parlamento da Escócia, em Edimburgo, no dia 3 de março de 2022 • Jeff J Mitchell/Getty Images
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Pessoas levantam bandeiras e cartazes durante protesto contra o ataque russo à Ucrânia em frente à embaixada da Rússia em Vilnius, capital da Lituânia. A Lituânia é uma ex-república soviética e sofre pressão da Rússia • Paulius Peleckis/Getty Images
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Um grupo de apoiadores da organização de caridade Sunflower of Peace deixam girassóis do lado de fora da Embaixada da Rússia em Londres, marcando a primeira smeana da invasão da Ucrânia, no dia 3 de março de 2022 • PA Images via Getty Images
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Manifestantes anti-guerra se reúnem na Times Square, uma das principais vias da cidade de Nova York, nos EUA, em 2 de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Manifestantes levantam cartazes contra a invasão russa à Ucrânia, na Times Square, em Nova York, em 2 de março de 2022, que marcou o 7º dia da guerra • Tayfun Coskun/Anadolu Agency via Getty Images
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Manifestação contra a guerra na Ucrânia, na praça de Terlizzi, na Itália, em 2 de março de 2022 • Davide Pischettola/NurPhoto via Getty Images
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Membros da comunidade ucraniana no México protestam do lado de fora da Embaixada da Rússia na Cidade do México, em 2 de março de 2022 • Gerardo Vieyra/NurPhoto via Getty Images
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Cerca de 3.000 pessoas manifestaram-se contra a guerra na Ucrânia em Barcelona, na Espanha, em 2 de março de 2022 • NurPhoto via Getty Images
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Manifestantes mostram placas dizendo "Reze pela Ucrânia" em frente à Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, em Washington D.C. • dpa/picture alliance via Getty Images
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Pessoas se manifestam em apoio à Ucrânia, na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 1º de março de 2022 • Anadolu Agency via Getty Images
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Protestos em Madrid em apoio à Ucrânia • Mari Palma e Phelipe Siani/CNN
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