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    Sensação de crise definiu governo de Xi Jinping e isso moldará China no futuro

    Em congresso do Partido Comunista que começa no domingo, Xi pode ser nomeado para terceiro mandato, quebrando normas e abrindo caminho para possível governo vitalício

    Nectar GanSelina Wangda CNN , Hong Kong

    Quando Xi Jinping chegou ao poder em 2012, ele herdou um país que estava em uma encruzilhada.

    Externamente, a China parecia uma potência em ascensão imparável. O país havia recentemente superado o Japão como a segunda maior economia do mundo e ainda gozava do resplendor dos deslumbrantes Jogos Olímpicos de Verão de 2008, realizados em Pequim.

    Mas nas profundezas dos altos muros de Zhongnanhai, o complexo de liderança onde Xi Jinping passou um tempo quando criança visitando seu falecido pai, Xi Zhongxun, um vice-primeiro-ministro com uma mentalidade liberal, o novo líder da China viu um país em crise.

    A corrupção desenfreada assolou o Partido Comunista chinês e alimentou o descontentamento popular, minando a legitimidade de um regime que o pai de Xi ajudou a levar ao poder. A busca para ficar rico ao longo de décadas de reforma econômica criou uma enorme lacuna de riqueza e esvaziou a ideologia socialista oficial, alimentando uma crise de fé.

    E quando a Primavera Árabe derrubou ditadores no Oriente Médio, a ascensão das mídias sociais na China ofereceu um raro espaço para a dissidência pública, ampliando os apelos por justiça social e mudança política.

    Xi encarou esses desafios percebidos de frente. Nascido um “príncipe” – filho dos heróis revolucionários que fundaram a China comunista – o líder chinês se via como salvador, encarregado pelo partido de afastar as ameaças à sobrevivência do grupo.

    Mas, em vez de seguir os passos reformistas de seu pai, Xi optou por um caminho de controle total. Combinando o velho manual autoritário e a nova tecnologia de vigilância, ele eliminou seus rivais, apertou seu controle sobre a economia e tornou o partido onipresente na China – incorporando seu próprio culto à personalidade na vida cotidiana.

    Xi também se utilizou do “sonho chinês” de rejuvenescimento nacional, oferecendo uma visão tentadora para restaurar a China à sua glória passada e recuperar seu lugar de direito no mundo.

     

    Xi Jinping está no topo do partido, o partido está no topo da China e a China está no topo do mundo. Esse é basicamente o programa

    Richard McGregor, especialista em China e membro sênior do Lowy Institute, na Austrália

    Dez anos depois, a China de Xi Jinping está mais rica, mais forte e mais confiante do que nunca, mas também é mais autoritária, introspectiva e paranóica do que em décadas. Opaís reforçou sua influência internacional, às custas de suas relações com o Ocidente e muitos de seus vizinhos.

    Em um importante congresso do partido que começa no domingo (16), Xi está prestes a ser nomeado para um terceiro mandato, que quebra as normas. Será sua coroação como o líder mais poderoso da China desde o presidente Mao Zedong, abrindo caminho para um possível governo vitalício.

    Mas, à medida que Xi enfrenta uma forte desaceleração econômica, uma frustração crescente com sua política intransigente de “Covid zero” e tensões crescentes com os Estados Unidos e seus aliados, a sensação de crise que assolou sua ascensão ao poder continuou a assombrá-lo, e está definido para moldar seu governo nos anos – se não décadas – por vir.

    líder comunista e presidente chinês Xi Jinping
    O líder comunista e presidente chinês Xi Jinping participa da celebração do 100º aniversário de fundação do Partido Comunista Chinês, em 1º de julho de 2021, em Pequim, China / Getty Images

    Busca pelo controle

    Xi Jinping viu a crise do partido de perto durante sua ascensão ao topo em 2012, quando um escândalo sensacional derrubou um importante rival político e ameaçou inviabilizar a transferência da liderança.

    Bo Xilai, um também “príncipe” e líder carismático da mega cidade de Chongqing, estava competindo pela promoção à top liderança quando seu chefe de polícia tentou desertar para um consulado dos EUA, acusando Bo de tentar encobrir o assassinato de um empresário britânico cometido por sua própria esposa.

    Os líderes do partido brigavam sobre como lidar com as consequências. Eventualmente, Bo foi investigado e expulso do partido semanas antes da remodelação de poder quinquenal. Hoje, Bo e sua esposa estão detidos cumprindo prisão perpétua.

    Tendo subido na hierarquia nas movimentadas províncias costeiras durante a reforma e abertura da China, Xi não teria visto falta de corrupção local. Mas o flagrante abuso de poder e as profundas divisões no topo da liderança expostas no escândalo de Bo provavelmente agravaram a sensação de Xi de perigo para a sobrevivência do partido.

    “Nosso partido enfrenta muitos desafios graves e há muitos problemas urgentes dentro do partido que precisam ser resolvidos, em particular a corrupção”, disse Xi em seu primeiro discurso horas depois de ser nomeado o principal líder.

    Dentro de semanas, ele lançou a “guerra contra a corrupção” mais brutal e duradoura que o partido já viu. Os expurgos abrangentes visaram não apenas os corruptos, mas também os inimigos políticos de Xi, incluindo líderes poderosos que foram acusados de planejar um golpe com Bo para tomar o poder.

    Governo, exército, sociedade e escolas, leste, oeste, sul, norte e centro – o partido lidera todos eles

    Xi Jinping, líder da China

    A repressão incutiu disciplina, lealdade e uma cultura de medo, sufocando a oposição enquanto Xi se movia para acumular poder em suas próprias mãos. Ele se intitulou como um homem forte, evitando o governo coletivo que supostamente exacerbou o faccionalismo sob seu predecessor comparativamente fraco, Hu Jintao.

    Em apenas quatro anos, Xi Jinping se afirmou como o “núcleo” da liderança do partido, exigindo que seus 96 milhões de membros “unificassem seu pensamento, força de vontade e ação” em torno dele.

    “(Xi) pensa que o único instrumento com o qual ele pode governar a China em casa e obter ganhos no exterior é um Partido Comunista unificado, forte e poderoso. Então, ele assumiu a missão de fortalecer o partido sob seu governo”, disse McGregor, do Lowy Institute. “Ele se fortaleceu e fortaleceu o partido como um veículo para si mesmo”.

    China celebra 100 anos do Partido Comunista
    Artistas no papel de socorristas se reúnem em torno de uma bandeira do Partido Comunista durante uma apresentação de gala antes do 100º aniversário da fundação do Partido Comunista Chinês em Pequim na segunda-feira, 28 de junho de 2021 / Getty Images

    Consolidar o partido a partir de dentro era apenas parte de seu plano. Xi também se propôs a fortalecer o domínio do partido sobre o país. “Governo, exército, sociedade e escolas, leste, oeste, sul, norte e centro – o partido lidera todos eles”, disse ele no congresso do partido em 2017.

    Sob Xi Jinping, o partido se reafirmou em todos os aspectos. Revitalizou células do partido de base outrora adormecidas e estabeleceu novas filiais em empresas privadas e estrangeiras. Reforçou seu controle sobre a mídia, educação, religião e cultura, estrangulou a sociedade civil e desencadeou duras repressões em Xinjiang e Hong Kong.

    Xi também aumentou o controle do partido sobre a economia, especialmente seu setor privado antes vibrante. Sua ampla repressão regulatória derrubou os magnatas e eliminou trilhões de dólares em valor de mercado das empresas chinesas.

    Na esfera online, extensa censura e retaliação na vida real domaram as mídias sociais. Em vez de servir de catalisador de reformas sociais e políticas, as mídias sociais se tornaram um amplificador da propaganda partidária e um terreno fértil para o nacionalismo.

    O controle social generalizado atingiu novos patamares durante a pandemia. Em nome do combate à Covid-19, 1,4 bilhão de cidadãos chineses perderam sua liberdade de movimento aos caprichos do partido e à proeza do estado de vigilância. Cidades em toda a China estão presas em lockdowns draconianos, às vezes por meses a fio, com milhões de pessoas confinadas em suas casas ou enormes campos de quarentena.

    Um trabalhador médico testa um residente para Covid-19 em frente à bandeira do Partido Comunista da China na cidade de Zhenjiang, na província de Jiangsu / Foto: Chen Gang/VCG/Getty Images

    Lições dolorosas

    Para Xi Jinping, salvaguardar a primazia do partido é uma lição dolorosa extraída da Revolução Cultural, quando o estabelecimento do governo comunista foi atacado pelos “guardas vermelhos” de Mao e perdeu o controle sobre a sociedade.

    Centenas de milhares morreram no tumulto, incluindo a meia-irmã de Xi, que foi perseguida até a morte. O pai de Xi foi expurgado e torturado. O próprio Xi foi encarcerado, humilhado publicamente e enviado para trabalhos forçados em uma vila pobre aos 15 anos.

    “Indiscutivelmente, sua ênfase na autoridade do partido e impedir indivíduos que discordam do partido de criticá-lo é resultado de sua fobia do caos por causa do que ele viu acontecer com ele mesmo, sua mãe, seu pai e irmãos”, disse Joseph Torigian, especialista em política chinesa na American University e autor de uma biografia sobre o ancião Xi.

    Muitos chineses que sobreviveram à Revolução Cultural – incluindo algumas elites partidárias – saíram com a convicção de evitar que uma catástrofe semelhante acontecesse novamente, a China precisava do estado de direito, do constitucionalismo e da proteção dos direitos individuais. Mas Xi chegou a uma conclusão muito diferente.

    “(Ele) acreditava que para alcançar a ordem política era preciso ter um líder poderoso, um partido poderoso, não criar um sistema em que as pessoas tivessem direitos que iam longe demais, porque só iriam abusar deles e machucar outros indivíduos”, disse Torigian.

    Então, em vez de se voltar contra o partido, Xi se dedicou a ele. Em entrevistas à mídia estatal, Xi falou de como seus sete anos como um “jovem enviado” o endureceram e fortaleceram sua determinação de servir ao partido e ao povo. “Fui destilado e purificado e me senti um homem completamente diferente”, disse ele ao chinês Diário do Povo, em 2004.

    A obsessão de Xi pelo controle também foi moldada pelo trauma do colapso da União Soviética, que ele citou repetidamente como um alerta para o Partido Comunista Chinês.

    Presidente da China, Xi Jinping, em cerimônia no Monumento aos Heróis do Povo na Praça da Paz Celestial para marcar o Dia dos Mártires em Pequim / Getty images

    “Por que a União Soviética se desintegrou? Por que o Partido Comunista Soviético entrou em colapso? Uma razão importante foi que seus ideais e crenças foram abalados”, disse Xi a funcionários do alto escalão em um discurso meses depois de assumir o comando do partido.

    Para lidar com a própria crise de fé da China, Xi reprimiu a religião, revigorou a ideologia marxista oficial do partido e promoveu sua própria filosofia de mesmo nome.

    “O pensamento de Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas para uma nova era” está consagrado na carta do partido e domina os discursos e reuniões do partido. Esta filosofia também permeia outdoors, capas de jornais e telas de cinema, e é ensinada em salas de aula em todo o país – para crianças desde os 7 anos.

    “Sonho chinês”

    No centro do “Pensamento Xi Jinping” está a noção do sonho chinês: o “grande rejuvenescimento da nação chinesa” – uma visão que Xi revelou poucas semanas depois de chegar ao poder.

    Desde então, tornou-se uma marca registrada de seu governo, moldando muitas de suas políticas internas e externas.

    “Xi Jinping é um homem com uma missão. Ele acredita que conhece as maneiras de levar a China à terra prometida do rejuvenescimento nacional”, disse Steve Tsang, diretor do Instituto da China na SOAS da Universidade de Londres.

    “Ele está voltando às suas visões míticas da história chinesa, quando a China era a maior civilização e país do mundo. E o resto do mundo (deveria) apenas respeitar, admirar e seguir a liderança da China”.

    Certamente, muitos chineses estão orgulhosos das conquistas de seu país. Sob Xi, a China declarou o fim da pobreza extrema, modernizou suas forças armadas, emergiu como líder em tecnologia de última geração e expandiu muito sua influência global.

    O país está se esforçando para se tornar a potência dominante no espaço, comanda a maior marinha do mundo e faz sentir seu peso como uma superpotência emergente.

    Estudantes chineses cantam em coral com bandeiras nacionais
    Estudantes chineses cantam em coral com bandeiras nacionais na cerimônia que marcou o 100º aniversário do Partido Comunista, na Praça Tiananmen em Pequim, China / Getty Images

    Para outros, o sonho chinês de Xi Jinping se transformou em um pesadelo vivo. No extremo oeste do país, as minorias muçulmanas são arbitrariamente encarceradas, assimiladas à força e vigiadas de perto. Em Hong Kong, apoiadores pró-democracia viram sua liberdade e esperança esmagadas em uma cidade transformada além do reconhecimento.

    Em todo o país, numerosos advogados de direitos, ativistas, jornalistas, professores e empresários estão definhando na prisão ou silenciados pelo medo. Aos olhos de Xi, todos eles são ameaças percebidas à sua busca por uma nação forte e unificada e, portanto, devem ser remodeladas ou eliminadas.

    Mas, cada vez mais, o brilho do sonho chinês está saindo também para as pessoas comuns – jovens profissionais que optaram por “Tang ping” [movimento que rejeita as pressões sociais para excesso de trabalho] diante de intensa pressão, depositantes que perderam suas economias em bancos rurais, compradores de casas que se recusaram a pagar hipotecas em casas inacabadas, bem como em proprietários de empresas, trabalhadores demitidos e moradores levados ao limite pelos implacáveis lockdowns da política de Covid zero de Xi Jinping.

    Alguns deles podem ter torcido anteriormente por Xi e sua visão, mas agora estão pagando o preço por suas políticas.

    Os mais desiludidos procuram uma saída. “Filosofia de corrida” tornou-se um chavão chinês, defendendo a emigração para escapar do que alguns veem como um futuro condenado sob o governo de Xi.

    Xi repetidamente divulgou que a China está crescendo e o Ocidente está em declínio – uma convicção fortalecida pela polarização política dos Estados Unidos e sua crença de que o modelo político superior da China lhe permitiu combater a Covid-19 melhor do que as democracias ocidentais.

    Mas o número crescente de discípulos da “filosofia de corrida” é uma rejeição total dessa narrativa, mostrando que muitos chineses não têm fé em sua promessa de tornar a China grande novamente.

    Confrontando o Ocidente, parceria com a Rússia

    Por trás do sonho chinês de Xi Jinping está um amargo sentimento de ressentimento em relação ao Ocidente, enraizado na narrativa nacionalista de que antes do partido tomar o poder, a China sofreu um “século de humilhação” nas mãos de potências estrangeiras e foi invadida, esquartejada, ocupada e enfraquecida.

    Vladimir Putin e Xi Jinping em Pequim, na China, em fevereiro de 2022. / Sputnik/Aleksey Druzhinin/Kremlin via Reuters

    Nos últimos anos, as medidas americanas para combater a crescente influência da China apenas reforçaram sua sensação de estar sob o cerco das potências ocidentais, disse McGregor.

    “Tem um apelo emocional e visceral na China. É muito poderoso. Acho que Xi entende isso e pretende aproveitar isso para seus próprios fins”, disse ele.

    Como líder em espera, Xi já havia demonstrado um forte desdém pelas críticas estrangeiras à China. “Há alguns estrangeiros de barriga cheia que não têm nada melhor a fazer do que apontar o dedo para nós”, disse Xi a membros da comunidade chinesa no México em uma visita como vice-presidente em 2009.

    “A China não exporta revolução, fome ou pobreza. A China também não lhe causa dores de cabeça. O que mais vocês querem?”.

    Mas a advertência mais dura de Xi ao Ocidente veio no verão passado, quando ele presidiu uma grande celebração que marcou o centenário do partido.

    De pé no topo do Tiananmen, ou o Portão da Paz Celestial, a imponente entrada do palácio da Cidade Proibida da China imperial, Xi declarou que a nação chinesa não será mais “intimidada, oprimida ou subjugada” por potências estrangeiras.

     

    Qualquer um que se atrever a tentar, terá suas cabeças esmagadas e ensanguentadas contra uma grande muralha de aço forjada por mais de 1,4 bilhão de chineses

    Xi Jinping disse sob aplausos estrondosos da multidão

    Desde que chegou ao poder, Xi tem alertado repetidamente contra a “infiltração” de valores ocidentais como a democracia, liberdade de imprensa e independência judicial. Ele reprimiu ONGs estrangeiras, igrejas, filmes e livros de faroeste – todos vistos como veículos de influência estrangeira indevida.

    No exterior, Xi embarcou em uma política externa agressiva. “Xi acha que este é o momento da China. E para aproveitar esse momento, ele precisa ser assertivo e correr riscos”, disse McGregor.

    Sob Xi, a China competiu abertamente por influência global com os Estados Unidos, aproveitando seu peso econômico para ganhar influência geopolítica. Seus laços com o Ocidente estão no auge desde o massacre da Praça da Paz Celestial em 1989 – e foram ainda mais azedados pelo apoio tácito de Pequim a Moscou após a invasão russa da Ucrânia.

    Xi Jinping e seu colega russo, Vladimir Putin, compartilham uma profunda suspeita e hostilidade em relação aos EUA, que acreditam estar empenhados em manter a China e a Rússia sob controle. Eles também compartilham uma visão para uma nova ordem mundial – uma que melhor acomode os interesses de suas nações e não seja mais dominada pelo Ocidente.

    Mas resta saber quantos países estão dispostos a aderir a essa perspectiva alternativa. As visões da China se tornaram mais negativas durante a década de Xi no poder em muitas economias avançadas e, em algumas, visões desfavoráveis atingiram recordes nos últimos anos.

    As amplas reivindicações de soberania de Pequim também antagonizaram muitos de seus vizinhos na região. A China construiu e militarizou ilhas no Mar da China Meridional, aumentou as tensões militares sobre uma disputada cadeia de ilhas com o Japão e se envolveu em sangrentos conflitos fronteiriços com a Índia.

    O país também aumentou a intimidação militar de Taiwan, uma democracia autônoma que Xi prometeu “reunificar” com o continente.

    Por sua vez, os EUA despertaram para a competição com a China e estão trabalhando com aliados e parceiros de mentalidade semelhante para tomar uma série de medidas contra Pequim em geopolítica, comércio e tecnologia.

    Esse ambiente internacional difícil, juntamente com a política de Covid zero e os ventos contrários econômicos, representa um grande desafio para Xi Jinping nos próximos anos.

    Mas para a próxima semana, o congresso do partido será dedicado à celebração da vitória de Xi. De acordo com a história oficial mais atualizada do partido, ele trouxe a China “mais perto do centro do cenário mundial do que nunca”.

    Mao pode ter fundado a China comunista. Mas, de acordo com a narrativa do partido, é Xi quem levará o país ao seu renascimento como a nova superpotência global. Caso ele tenha sucesso, isso terá um impacto profundo no mundo.

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